Pato Alexandre no Olé

O jovem Alexandre Pato, atacante do Inter, já estampou sua foto no Olé da Argentina, apenas com uma partida entre os titulares. O fato é diferente, porque o Olé não prima por uma cobertura mais abrangente sobre o campeonato brasileiro, nem futebol brasileiro em geral. Claro da mesma forma que aqui o campeonato argentino passa meio que batido, é normal. Mas o jogador colorado chamou a atenção até dos jornalistas argentinos e apareceu numa matéria do jornal na terça. Vai ser difícil(?) ele manter esta média de atuação, mas se fizer algo próximo a 50% disso nos jogos pelo Inter, será sensação.
Aí abaixo o texto publicado no jornal argentino:




Alexandre Pato, de 17 años, tuvo un gran debut en Inter

Sigam este garoto
"Alexandre Pato é centroavante, de 17 anos, e no domingo teve uma grande estréia entre os titulares do Inter de Porto Alegre: um gol, duas assistências (uma a Iarley) e a figura no 4-1 frente ao Palmeiras. A torcida enlouqueceu, mas os dirigentes estavam avisados: já o fizeram assinar um contrato com uma cláusula rescisória de 26 milhões de dólares. Este admirador de Cristiano Ronaldo foi incluído pelo técnico Abel Braga no plantel que jogará o Mundial de Clubes, a partir de 13 de dezembro"

Matéria original: clique aqui
Fonte: Diário Olé, através do Blog Clube da Bolinha
Foto: Diário Olé

Bola de Ouro

O zagueiro italiano Fabio Cannavarro foi o vencedor da Bola de Ouro, prêmio concedido pela revista francesa France Football. O vencedor do prêmio é considerado o 'melhor do mundo' mas na verdade os concorrentes são apenas os que atuam no futebol europeu. Como a maioria das estrelas está lá, fica como 'melhor do mundo' mesmo. Canavarro atualmente atua pelo Real Madri, e foi o Campeão Mundial de Seleções este ano pela Itália.
Além do merecido prêmio, a vitória de Canavarro acaba com a hegemonia dos atacantes na premiação. O último defensor a levar o prêmio, havia sido o alemão Sammer do Borussia Dortmund, em 1996.

E Cannavarro não esqueceu dos companheiros de posição. Dedicou o prêmio à zagueirada, que segundo ele muitas vezes são mais importantes ao evitar um gol, do que fazer um gol fácil com a partida decidida.

Os dez mais votados este ano:

1. Fabio Cannavaro (Itália/Real Madrid) 173 pontos
2. Gianluigi Buffon (Itália/Juventus) 124
3. Thierry Henry (França/Arsenal) 121
4. Ronaldinho (Brasil/Barcelona) 73
5. Zinedine Zidane (França/Real Madrid) 71
6. Samuel Eto''o (Camarões/Barcelona) 67
7. Miroslav Klose (Alemanha/Werder Bremen) 29
8. Didier Drogba (Costa do Marfim/Chelsea) 25
9. Andrea Pirlo (Itália/AC Milan) 17
10. Jens Lehmann (Alemanha/Arsenal) 13

Brasileirão - Tudo definido

O mais importante já está definido no Brasileirão. O campeão - São Paulo- e os rebaixados: Ponte Preta, São Caetano, Fortaleza e Santa Cruz.
O Grêmio goleou o Flamengo por 3 x 0 e está garantido na Libertadores de forma direta. Teve superioridade em campo desde a metade do primeiro tempo, e o placar refletiu a autoridade da equipe tricolor dentro do Olímpico, que recebeu um belo público, como tem sido costume.
O São Paulo venceu o Cruzeiro no Morumbi, com uma festa pra lá de requentada do título, porque hoje havia as medalhas e o troféu oficial, mas o clima já não era como o do final de semana passado.

E a Ponte, acabou salvando os grandes que estavam ameaçados de rebaixamento, pois perdeu para o Goiás, ocupando definitivamente a vaga do último dos rebaixados. Aliás, Guarani de Campinas na C, e Ponte Preta na B em 2007, dois times de uma cidade que já foi campeã brasileira da Série A. Assim como os baianos, que estavam ambos na C. O Vitória voltou para a B, mas o Bahia fica. Mais um ano de terceirona.


Outro grande destaque foi o surgimento de um possível craque no Internacional. Sempre há o perigo de análises precipitadas, já que o guri de 17 anos apenas, acaba de estrear nos profissionais. Mas sem dúvida, pelo que mostrou em 45 minutos hoje, é um reforço para o Inter no Mundial do Japão. Um grata surpresa para os torcedores do Inter que ainda não haviam visto o jogador atuando. Agora entende-se a preocupação do presidente colorado Fernando Carvalho, em preservar ao máximo a estréia do jogador, que não poderia se dar antes de um novo contrato, com uma multa rescisória de valor mais alto que do contrato anterior. Pelo contrato anterior, com a atuação de hoje, ele já estaria em algum clube europeu até o final desta semana. Não que não vá ir, a nossa realidade é esta, mas o Inter já terá uma compensação bem mais satisfatória.
Resta aguardar a confirmação nas próximas atuações de Alexandre Pato, talvez mais um craque surgido no "celeiro de ases" do Beira-Rio, como diz no hino do clube.
Na partida, o Inter goleou o Palmeiras por 4 x 1.

Foto1: LanceNet
Foto2: Site do Internacional
Faltam apenas duas rodadas para o final do Apertura. Na rodada de hoje, o Boca venceu em casa ao Lanús, que não resistiu além do primeiro tempo, goleando por 4 x 1. Com a vitória o Boca continua quatro pontos na frente do segundo colocado, o Estudiantes de La Plata com 40 pontos. Estudiantes que venceu ao Racing por 2 x 0 hoje em La Plata. Se sábado que vem o Boca vencer o Belgrano em Córdoba, será o campeão do Apertura argentino, independente de outros resultados ou da última rodada.

O River venceu ao Godoy Cruz fora de casa, por 1 x 0, e já não tem nenhuma chance de título com seus 37 pontos. Já o Independiente venceu a surpresa do campeonato, o Arsenal, pelo placar de 2 x 1.
Dificilmente o título escapa da equipe "xeneize".


Outro destaque desta rodada na Argentina foi nas arquibancadas. As filhas do presidente Bush, Jenna e Barbara, que passaram a semana em Buenos Aires, foram para a Bombonera assistir a Boca e Lanús. Compareceram fardadas e tudo, e acabaram dando sorte ao time do Boca. Também nesta semana, apesar do aparato de segurança, Barbara Bush, a esposa do presidente norte-americano, teve a carteira roubada em um restaurante no bairro turístico de San Telmo.
Se fosse aqui no Brasil, diríamos que só poderia ter acontecido aqui mesmo.


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Classificação:
1º Boca...................44
2º Estudiantes..........40
3º River...................37
4º Arsenal...............31
5º Vélez..................29

Fotos: Diário Olé

Histórias do Futebol III - O primeiro clássico

Existe um clássico no interior do Rio Grande do Sul, entre os dois times profissionais da cidade de Bagé (cidade de 130.000 habitantes e histórica, fica na fronteira sudoeste gaúcha, com o Uruguai) . Chamado de "Ba-Gua", o confronto é entre Bagé (1920) e Guarany (1907). Já se enfrentaram 392 vezes.
O Guarany é o vermelho e branco, o Bagé o amarelo e preto, ambos listrados verticalmente.
Este clássico tem milhares de maravilhosas histórias, lendas e causos. Lembrando disso irei aos poucos contar alguns aqui. Mas este que escrevo hoje é mais singelo, não há uma grande história, mas é um acontecimento pessoal.

Apesar da história se passar em Bagé, qualquer um, de qualquer lugar do mundo (alô, leitores portugueses! Do aguerrido Benfica x Porto) pode se identificar em certo aspecto.

O relato é comum, apenas mais uma história de como se formam torcedores. Fui levar meu filho ao primeiro Ba-Gua dele. Ele já havia assistido alguns jogos quando menor, mas sempre o levava em jogos de menor público, como campeonato de juniores, em que ele mais brincava nas arquibancadas do que assistia algo da partida.

Pois já não residíamos mais em Bagé, e justamente num final de semana em que visitávamos a nossa "Rainha da Fronteira", haveria o clássico. Não ia perder a chance de assistir ao jogo, e meu filho queria ir junto. Fomos.

Como torcedor jalde-negro (Bagé), vesti minha amarela e preta e também o guri. Ele tinha 7 anos a época. E fomos pro campo. O jogo era na Pedra Moura, estádio do Bagé.

Uma das coisas mais legais de ir aos jogos do Bagé depois de estar morando fora da cidade, é o reencontro com velhos amigos. Encontrei um monte de gente, e até chegar onde iria assistir ao jogo, levei mais de 20 minutos. Fora matar a saudade da infância.

O jogo era numa tarde típica de inverno bageense. Gelada, nublada, com algumas aparições do sol, entre muitas nuvens, mas sem chuva naquele dia. Bergamota na arquibancada, estádio lotado, a tela (diferentemente dos grandes estádios) a dois metros do nariz.

O jogo foi um Ba-Gua de sempre. Muita luta, várias jogadas ríspidas, dedo na cara e todo tipo de "desacato". Meu filho pela primeira vez, realmente prestava atenção na partida. Várias perguntas prosaicas, do tipo: "por que ele levantou a bandeira?", "por que o jogador está irritado?", "por que estão xingando?", e por aí vai.

O Bagé sai na frente. Um a zero. Festa do nosso lado. No segundo tempo, empate do Guarany.
Silêncio do nosso lado. Para uma criança a cena é impressionante, pois do outro lado é um grito uníssono, e na nossa arquibancada apenas gritos de xingamentos ao bandeirinha. A torcida do Bagé contestava impedimento. De onde estava, até hoje não posso saber se foi impedimento, ou não. E o empate se sustentou até o fim.

Na saída dos times de campo, como era Ba-Gua, o tempo fecha. As provocações e tiradas de satisfação acabam em pancadaria. Na nossa frente, bem na entrada das "casamatas" (não sei se é só aqui que denominam assim). Meu filho de olho vidrado, não perdia nada.
Intervenção da polícia, alguns diretores em campo, acaba a confusão.

Após a partida, parte da torcida do Bagé vai para onde sai o trio de arbitragem. Protestos, mas nada de grave, houve intervenção da polícia. Meu filho no muro da arquibancada, assistindo os brados de "roubaram do Bagé, roubaram do Bagé!".

O que poderia ter sido um jogo "ruim" para uma primeira partida de alguém, na verdade foi marcante para ele. Mesmo empatando, ele tinha vivido o que realmente é um Ba-Gua.
E amigos, muitos de vocês estão acostumados com clássicos maiores, do tipo Gre-Nal, Porto x Benfica, etc. Mas clássico é clássico, posso garantir a vocês, guardadas as proporções de estádios e públicos.

Hoje meu filho está com 9 anos, acompanha o futebol, e para a idade até tem assistido bastante partidas pela TV, ainda que não inteiras.

Mas quando o convido para assistir um jogo fora de Bagé, a pergunta dele é sempre a mesma:
"É Ba-Gua?".
Se não for, perco o parceiro de arquibancada.
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Esta partida ocorreu em 26 de junho de 2004, na Pedra Moura, e foi válida pelo Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão.

Foto: Jornal Zero Hora (esta foto é de um Ba-Gua, mas não é a do jogo relatado acima)

Medalha,Medalha, Medalha

Vocês lembram destes personagens ao lado?
São Dick Vigarista e Muttley. No desenho animado, os dois fazem parte de uma esquadrilha que sempre tentam capturar um pombo-correio e sempre fracassam. Geralmente o avião dos dois pifa, e na queda-livre Muttley consegue se sustentar no ar, enquanto Dick Vigarista cai em alta velocidade, pedindo ajuda ao Muttley. O cachorro até pensa em ajudá-lo, mas é movido à medalhas, e nesse momento solta seu clássico jargão: "Medalha,medalha, medalha".

Isto posto, explico porque lembrei do Muttley.
A seleção brasileira de futebol feminino participa do sul-americano de futebol na Argentina.

Pouco se noticia a campanha delas na imprensa brasileira. Tudo bem que o futebol feminino está longe de atrair o grande público brasileiro, e por isso também não conta com os polpudos patrocínios da seleção masculina, nem se compara.

Mas é que eu lembro dos discursos pós-derrota nas Olimpíadas de Atenas. Em todas emissoras que transmitiam o jogo final, as palavras não variavam muito. Diziam que era necessário mais apoio à seleção feminina, que isso não podia se resumir apenas em época de Olimpíadas, que era um absurdo deixar meninas tão abnegadas largadas à própria sorte, etc.
Mas tudo num tom de "os culpados são vocês".

Pois terminadas as Olimpíadas, a seleção feminina cai no ostracismo televisivo (e mídia de maneira geral). Era só discurso mesmo. Não tendo medalha (olímpica) em jogo, a cobertura praticamente inexiste. Como o cão Muttley: medalha, medalha, medalha. E como o Dick Vigarista, a seleção se dá mal na mídia. Mas só na mídia, já que dentro de campo, as gurias mostram serviço.


Em Mar del Plata, são cinco jogos e cinco vitórias, com 24 gols a favor e apenas 2 sofridos.
Já estão disputando a fase final, e ontem fizeram 6 x 0 na seleção uruguaia. Amanhã enfrentam ao Paraguai, e em caso de vitória, estarão classificadas para o Mundial do ano que vem, que será realizado em Pequim.

Veja o que o site da Conmebol fala sobre as brasileiras:

Las garotas no paran de asombrar
"O extraordinário jogo das brasileiras não deixa de despertar admiração a cada partida. Sua sensacional capacidade técnica e atlética, respaldadas no harmonioso esquema tático feito pelo técnico Barcellos, parece demasiado para as rivais que as enfrentam. Ontem coube ao Uruguai sofrer, ainda que tenha dado o melhor de si, foi totalmente superado pelo elenco brasileiro. Foi o terceiro encontro consecutivo em que o Brasil anota seis gols".

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Cultura muito inútil: Na pequena pesquisa que realizei para este tópico, descobri algo que abalou crenças construídas ainda na minha infância. Tenho certeza que alguns leitores compartilham da mesma confusão. Para a minha total surpresa, descobri que Muttley não é o mesmo cão do desenho "Detetive Rabugento". Além de alguma semelhança, o que alimenta a confusão é que o dublador dos dois cães era o mesmo, além de também dublar o cão "Precioso". Mais informações assim que eu terminar de assistir ao Boomerang.



Foto da Seleção: site da Conmebol
A partida entre Racing e San Lorenzo que deixou de ser realizada no domingo passado, em razão das atitudes de grupos de torcedores de ambas as equipes, que impediram o deslocamento dos times até o estádio em La Plata, foi remarcado para quarta-feira, dia 29.

Apesar da forte manifestação das torcidas que queriam ir ao estádio, ignorando a determinação da AFA (que puniu o Racing por distúrbios no clássico contra o Independiente), está confirmado que a partida se realizará de portões fechados mesmo.

Foto: Diário Olé (Argentina)

Sul-americana: Atlético fora das finais

O time rubro-negro tinha que reverter o placar adverso do primeiro jogo na Arena da Baixada. Não conseguiu, e acabou sendo goleado por 4 x 1 diante do Pachuca do México.

O Atlético chegou a sair na frente aos 42 do primeiro tempo, através do atacante Ferreira. O gol deu a esperança de um segundo tempo promissor para as pretensões do Furacão, mas foi apenas isso. O segundo tempo veio e com ele quatro gols dos mexicanos.
Aos 14 minutos da segunda etapa o Pachuca chegou ao empate, em cobrança de pênalti. Aos dezenove Gimenez, autor do primeiro gol, marca o gol da virada para o Pachuca.
Depois disso o Atlético teve um jogador expulso, e aos 31 e 36 os mexicanos consolidaram a vitória e a vaga para a final da competição.

Detalhe: se no Brasil a Copa Sul-americana não atrai tanto as TVs, e por conseqüência (e principalmente em virtude disso) a atenção dos telespectadores, no Chile e no México, tudo é Copa. Nos dois jogos de volta ocorridos em território mexicano, estádios com ótimos públicos, além de um incentivo fenomenal às equipes. O Chile, por sua vez, é todo Sul-americana.

De qualquer maneira, os dois protagonistas da finalíssima, não estão nem um pouco preocupados com isso, e uma final aguerrida e interessante está por acontecer.

O Pachuca enfrentará nas finais o Colo-Colo do Chile, e jogarão a primeira partida no México, dia 29 de novembro.


Foto: Terra Esportes

Colo-Colo na Final

Nesta terça-feira o Colo-Colo foi ao México e venceu ao Toluca por 2 x 0. Na primeira partida, em Santiago, o time chileno havia vencido por 2 x 1, por isso o 1 x 0 bastaria pra os mexicanos, mas o Colo-Colo não deu chances. Mais uma vez se destacou o meio-campista Matías Fernandez, autor dos dois gols dos chilenos.
Antes que os torcedores de times brasileiros imaginem que aí está uma boa contratação viável e de um mercado menor, é necessário saber que o meio-campista já foi vendido ao Villareal da Espanha (ninguém que se destaque dura muito no futebol do hemisfério sul).

Fernandez marcou o primeiro aos 14 minutos da primeira etapa, e quando o Toluca mais pressionava em busca dos 3 gols necessários, novamente ele, desta vez numa cobrança de falta, selou o resultado final, já na segunda etapa.
Com o resultado assegurado, coube ao Colo-Colo apenas a manutenção da vantagem e da vaga para final. Mesmo assim, no final do jogo o clima esquentou bastante e numa entrada mais dura de um jogador chileno, jogadores titulares e reservas do Toluca foram para cima do chileno, mas sem enfrentamentos contundentes. No meio desta confusão, torcedores também invadiram o campo, e como já estava nos acréscimos, o árbitro encerrou a partida.

O Colo-Colo é o primeiro clube chileno a chegar numa final da Copa Sul-americana e sua grande conquista foi em 1991, a Copa Libertadores da América, tendo sido vice-campeão em 1973 (frente ao Independiente).

Agora o Colo-Colo espera o vencedor de Pachuca e Atlético Paranaense que se enfrentam hoje também no México. O Atlético perdeu em casa a primeira partida por 1 x 0 e precisará vencer para chegar na final.

Foto: site da Conmebol

Testemunho de Peso

O sujeito da foto ao lado é Andrés Ducatenzeiler, ex-presidente do Independiente (2002 e 2004), e ex-membro do Comitê Executivo da AFA.

Em meio a toda esta turbulência e quase anarquia que passa o Apertura e, por conseguinte o futebol argentino, Ducatenzeiler, que já se retirou do futebol, concedeu deu uma esclarecedora entrevista ao Diário Perfil da Argentina. Falou sobre várias coisas que ocorrem nos bastidores do futebol portenho. Segundo o jornal, o Independiente, clube que Ducatenzeiler presidiu, é historicamente o clube mais ligado ao atual presidente da AFA, Julio Grondona.
A entrevista ainda repercute na Argentina.

Como seguidamente escrevo aqui sobre as barras e algumas curiosidades extracampo na Argentina, a entrevista dá alguns esclarecimentos sobre coisas que vêm ocorrendo por lá.
Abaixo, algumas das questões respondidas por ele:



Qual é a relação entre os barrabravas e os clubes?


Não diria barrabravas. Para mim é a torcida, porque se não a barra termina sendo uns poucos. Viu-se isso na partida do Racing outro dia: aplicaram o direito de admissão a 16 sujeitos que supostamente são delinqüentes, e enquanto no campo 300 brigavam com a policía, os outros milhares da arquibancada apoiavam, não diziam: “Parem, não façam distúrbios”. Por isso, o nome barrabrava não me agrada (...).
Por que se disse que os torcedores de Gimnasia pressionaram a seus jogadores para que dessem para trás (na partida contra o Boca)? Porque entenderam que outro clube pedia a seus jogadores que por mais dinheiro ganhem uma partida, quando antes, e contra seu rival histórico, tomaram sete gols.Isso o torcedor sente. Não justifica, mas o entendo.

Mas dentro da torcida, a barra não tem um vínculo diferente com o clube?
Sim, são os representantes da torcida. Nunca ouvi um torcedor do Boca dizer que (Rafael) Di Zeo não o representa. E isso lhe dá poder, domínio e uma relativa condição econômica que ele usa para sentar-se à mesa de discussão. Não estão na direção do clube, mas para tomar uma decisão que tenha a ver com a torcida do Boca, se fala com Di Zeo, porque ele move 1.500, 2.000 pessoas. No futebol, com 2.000 pessoas ganha-se uma eleição em qualquer clube, e Di Zeo tem 2.000 pessoas que por sua vez são representantes de outras 10 mil, porque se não o segundo piso do estádio do Boca não estaria cheio. As pessoas escolhem ir onde está La 12. Isto está claro. Gostemos ou não. Na década de 80, o chefe da torcida do Independiente,o Gallego, assinava autógrafos. Ias a um estádio como visitante e não te agrediam nem te roubavam, porque esse tipo com outros te defendia e cuidava melhor que a polícia. Assim foi se criando um grupo de poder. Depois, se deram conta de que o futebol é um enorme negócio onde os espertos encheram-se de dinheiro e o torcedor, como acontece hoje, não pode ir ao estádio, e decidiram fazer parte deste negócio, para que os torcedores que representam a maioria tenham certos privilégios: não pagar entrada, transporte gratuito até os estádios e também conexões políticas que depois lhes dão possibilidades de trabalho.

A barra tem seu próprio orçamento?
"É um orçamento já estabelecido. Por exemplo, se há uma partida da Copa Sul-americana está contabilizado nos gastos para a equipe. Vão viajar 50 pessoas, há que conseguir passagens e os passaportes. A torcida funciona como um gasto a mais. É assim no futebol em geral, e não é um delito".

Arbitragem:
“As pessoas sabem que árbitro prejudica seu clube e qual não prejudica, e vai condicionada. Perguntem em qualquer clube” qual é o árbitro que te prejudica “ e os torcedores sabem, porque esse árbitro está escalado para dirigir determinado clube. Por que têm árbitros que, apenas ao entrar num campo, 50 mil lhe insultam? A AFA não sabe? Para que os colocam? (...)

(...)Daniel Giménez voltou a dirigir Boca-Gimnasia (partida interrompida em La Plata). Ele havia dito que não seguiria porque o ameaçaram de morte! Há que entender que Grondona (presidente da AFA) tirou o técnico da equipe que ia sair campeã (Boca Juniors). Imagine se depois não saísse! Que aconteceria? Boca tem que sair campeão porque lhe tiraram (a AFA) o técnico? Estou fantasiando, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Por que o presidente do River não pode falar e fala (Daniel) Passarella? Por que a (José María) Aguilar(presidente do River) lhe salvaram as finanças com empréstimos da AFA? Em um futebol normal, o presidente do River, depois de Boca-Gimnasia, não iria falar? Não é difícil conferir: vá na AFA, onde ninguém pode entrar, pegue os livros e vai ver que nas faturas de conta correntes há um empréstimo de dois milhões e meio para o River, justo no momento de fechar contas. Lá Aguilar começa a perder. E tudo é legal, ninguém fala de ilícitos, mas assim manobram".

Sobre a polícia:
"Um policial cobra muito mais por cobrir uma partida do que por trabalhar de vigilante. Em minha época, o extra que recebiam por cobrir cinco horas de partida eram três dias de trabalho. Assim, as torcidas para enfrentarem-se esperavam que se terminasse o horário policial, porque depois a polícia já não cobria o serviço".

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A entrevista prossegue com acusações bastante graves contra o atual presidente da AFA, outros por menores das torcidas, acusações em relação aos contratos da seleção Argentina, entre outras mutretas na manipulação de alguns resultados. É bem interessante e vale a leitura. Não publico completa aqui por que, além da minha tradução estar longe de ser das melhores, por ser bem extensa poderia se tornar muito enfadonho para quem não acompanha o que tem ocorrido no futebol argentino fora de campo.

Leia a entrevista completa aqui.


Fonte: Diário Perfil

Foto1: Diário Perfil
Foto2: 26 Notícias
Foto3: Ambito Web

São Paulo é Tetra

Ao empatar em 1 x 1 com o Atlético Paranaense no Morumbi, e somado à derrota do Inter frente ao Paraná na Vila Capanema, o São Paulo sagrou-se Campeão Brasileiro de 2006.
É o quarto título são-paulino na competição, que já havia sido campeão em 77, 86 e 91.
E pela primeira vez comemorou o título brasileiro dentro do Morumbi.
A campanha e números do São Paulo mostram que o título é merecido. É o melhor em todos os critérios, só perdendo no quesito melhor defesa, para o Inter.
E soube lamber as feridas da perda da Libertadores e focar no Brasileirão, tendo perdido apenas 4 vezes.
Parabéns aos torcedores do tricolor paulista.

Tricolores que tiveram que esperar por mais 10 minutos após o término do jogo, até a comemoração do título. Isso porque o jogo do Inter contra o Paraná Clube atrasou alguns minutos por paralisação devido à chuva. Quem não gosta da fórmula de pontos corridos usou isso como mais um argumento contra a fórmula. Acho que é questão de costume, muitas pessoas ainda não conseguem ver um jogo que não é a finalíssima (no caso do play-off), como a final do campeonato. Aí entra a velha discussão que um é mais emocionante e o outro é mais justo. Eu prefiro os pontos corridos, e acho que a emoção existe e espalhada por vários jogos, além de existiram as copas (do Brasil, Libertadores) do primeiro semestre que utilizam o mata-mata. Tem pra todo o gosto, então o campeonato brasileiro, deve ter a fórmula mais "racional". Mas é assunto para outro tópico, bem mais longo, ou pra vários.

Hoje é o São Paulo que é o assunto, com mais um título na sua belíssima história.

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Visitando as comunidades do Orkut, pude ver vários tópicos com torcedores são-paulinos contando a maneira como iriam gozar dos amigos torcedores de times rivais. Alguns publicam links que levam para comentários antigos com previsões contra o São Paulo, ou ainda links de conhecidos que falaram mal do São Paulo em algum momento. E na internet, se não for apagado, é "eterno". E daí que o Orkut, blogs, fóruns e sites inseriram-se de tal forma na vida do torcedor, que a comemoração e a gozação, e muita, se dá por aqui também. E vá e-mail e recados para os amigos e conhecidos de outros times.

E os são-paulinos estão vivendo o momento deles agora em relação à isto, e há 3 meses atrás, viveram o revés da derrota da Libertadores. Agora é o revide nos rivais.
Me fez lembrar da frase que alguém escreveu numa comunidade do Inter, quando do título da Libertadores, plagiando uma propaganda do Visa (ou Martercard?):
"Ganhar um título sempre foi ótimo...
Ganhar um título na era da internet...Não tem preço".


Foto: Gazeta Esportiva

Argentino: 3 rodadas e muita confusão

Restam três rodadas para o término do Apertura argentino.
Agora a pouco o Boca Juniors venceu ao Gimnasia de Jujuy (em Jujuy) por 2 x 1 e manteve a confortável vantagem sobre Estudiantes e River,que também venceram seus jogos. O Estudiantes (2º) foi a Rosário e bateu o Newell's por 2 x 1, mantendo a segunda colocação. Apesar de jogar pressionado por já saber do resultado positivo do Estudiantes, o time de La Volpe conseguiu impor sua necessidade de vitória, e assim se aproxima cada vez mais do título.



Já o River Plate (3º) venceu em Nuñez ao Gimnasia La Plata, por 2 x 0. Sim, o mesmo Gimnasia que supostamente entregou o jogo para o Boca devido à ameaças . Segundo o Diário Olé da Argentina, o clima partida era de quase um amistoso, no sentido de que não havia muito em jogo. Mas não em relação ao adversário e o técnico do Gimnasia, que não foram poupados nos cantos da torcida millonária, em virtude dos fatos de La Plata frente ao Boca.




Mas o destaque da rodada, mais uma vez é negativo e praticado por torcedores. O Racing jogaria em La Plata, com portões fechados (por causa dos incidentes no clássico contra o Independiente). Seria o primeiro jogo da história do campeonato argentino sem a presença de torcedores.
Ocorreu que torcedores de Racing e San Lorenzo (a equipe com quem jogaria o Racing) foram até as concentrações das equipes horas antes da partida. No caso do Racing, em torno de 50 torcedores impediram a saída do ônibus da equipe, aos gritos de "sem torcida não se joga". Na concentração do San Lorenzo, o número de torcedores era maior, e simplesmente passaram o cadeado no portão por onde deveria sair o ônibus do time. Os jogadores do San Lorenzo, após uma hora dentro do ônibus acabaram tendo que descer.

Apesar da chegada da polícia, a partida acabou cancelada. Por motivos de falta de segurança e também pelo horário, que já ia adiantado.
Nas outras partidas, muita incerteza. Alguns jogadores não queriam jogar em solidariedade aos colegas de Racing e San Lorenzo. Acabaram jogando. Mas a confusão já está mais que estabelecida. Passarella voltou a declarar que "o campeonato carece de seriedade".


Classificação:

1º Boca................41
2º Estudiantes......37
3º River...............34
4º Arsenal............31
5º Vélez...............28


Fontes: Diário Olé e La Nación
Fotos: todas do Olé, com exceção da última (La Nación)

Galo Campeão na Segundona

O Atlético Mineiro é o Campeão da Segunda Divisão de 2006. O Galo já tinha garantido a presença na elite do futebol brasileiro, e com a vitória de 1 x 0 hoje, fora de casa frente ao Ceará, conquistou o campeonato.

Para clubes considerados grandes, e ainda envolvidos uma forte rivalidade local, a segundona é um verdadeiro martírio. Ou um martírio dobrado.

O Atlético se livrou deste sofrimento, e em 2007 estará de volta à primeira divisão, além de conquistar o título hoje.

Será que valerá estrela no uniforme ano que vem?



Falando em rivalidade local, no site das torcida "Os Fanáticos", do outro Atlético, o paranaense, a página de entrada já "homenageia" o rival Coritiba, mostrando como funcionam as coisas quando um se encontra na primeira e o adversário na segunda divisão.

Com o empate de hoje (1 x 1 contra o Gama, no DF), o Coritiba continua na Segundona em 2007.

E o drama continua para alguns. O Payssandu, que corre sério risco de cair para a Série C, perdeu de 9 x 0 para o Paulista.
E ainda viu seu rival (Remo)garantir também hoje a permanência na Série B do ano que vem.

Como já aconteceu com o próprio Coritiba, torcedores já falam em "recepção" no aeroporto de Belém.


Foto 1: Último Minuto Esportes
Foto 2: Site "Os Fanáticos"

gauchês

Dunga foi responder a uma pergunta sobre seu modo de vestir, e ao explicar que a filha dele (estudante de moda) lhe dava sugestões, acabou usando a expressão sugerimento.

Aí alguns jornais criticaram, usaram como deboche e por aí vai. O Globo Esporte, após a suposta gafe, fez uma reportagem sobre o fato, e consultou alguns gaúchos e também um professor de português.

O professor disse que era uma variação da língua falada e não havia motivos pra alardes.

Um gaúcho que falou com a reportagem, argumentou que o Rio Grande do Sul sofre muita influência do espanhol e também do italiano (em virtude dos descendentes dos imigrantes).

No caso do Dunga acho que é a influência do italiano mesmo, e não tanto do "gauchês", porque Dunga tem forte sotaque, além de ter morado vários anos na Itália. E em italiano existe a palavra suggerimento, com o sentido de sugestão também.

Mas para sorte de Dunga, ele foi absolvido pela reportagem.

Bem, mas o que eu queria aproveitar da matéria são as palavras citadas como "gauchês" no site do Globo Esporte (os comentários entre parênteses são meus):

Janelinha - bola entre as pernas
Balão - chapéu ou lençol (também fala-se aqui no RS, balãozinho)
Vareio - surra (eu completaria que é surra,sim, mas no sentido esportivo)
Guapo - valente
Regalo - presente
Pelear - batalhar (mais usado no sentido de briga)
FlaxFlu - totó (também chamado de pinbolim)

Têm várias outras expressões, e na minha cidade natal, Bagé, há algumas delas:

Pechada - acidente de carro (auto)
Pileta - tanque de lavar roupa
Cucharra - concha para servir feijão,sopa
Borracho - essa todos sabem
Posar - dormir fora de casa (expressão não só de lá, mas bem menos usual em outros lugares)
Calavera - chegado num jogo de cartas,dados,etc
Bidê - criado-mudo (acho criado-mudo estranhíssimo até hoje)

Camanga - Turma, gangue

Cabaré - locadora de mulheres (parafraseando uma foto que tem no blog do Maurício)
Baixada - zona do meretrício (em virtude de uma peculiaridade do relevo da cidade, onde se encontravam os cabarés antigamente)
Canha - cachaça
Cuera - cara, sujeito, etc
Sumanta - surra

Tem várias outras, mas estas lembro de pronto. Talvez algumas não sejam usadas apenas em Bagé e região, mas eu as relaciono como de lá por não ter ouvido em outros lugares.

E pra finalizar outra história de má interpretação da linguagem local. Talvez quem assistiu ao jogo, lembre. Era um Grêmio x Santos pela semifinal do Brasileirão de 2004. Assistia o jogo pela TV Record, e logo no início da transmissão, a bola não havia rolado ainda, a câmera dava a tradicional "passeada" pelas arquibancadas. Numa destas, o câmera foca um cartaz na torcida do Grêmio:

"Não tá morto quem peleia".

O narrador, (eu lembro quem era, mas como não tenho absoluta certeza, não escreverei o nome) larga uma das maiores pérolas da narração esportiva que já ouvi. O cartaz estava em close ainda e o narrador lê:

"Não tá morto quem Pelé ia... (rindo)...olhem só a torcida do Grêmio brincando com Pelé, o maior ídolo do Santos".

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Quem quiser ler a matéria completa sobre o Dunga no site do Globo Esporte, clique aqui.

Foto: Tribuna do Brasil

Morreu aos 79 anos de idade, nesta sexta-feira, Ferenc Puskas, um dos maiores gênios da história do futebol mundial.

Puskas, antes da consagração de Pelé, era considerado o maior jogador de futebol do mundo.

Jogador de classe, possuia um fortíssimo chute na perna esquerda, que era além de forte, tinha muita precisão.

É um dos grandes do futebol mundial, sem a menor sombra de dúvida.


Um breve resumo da carreira de Puskas como jogador:
Kispesti FC (1939-1944) (antigo nome do Honvéd)
Kispesti AC (1944-1949) (antigo nome do Honvéd)
Honvéd (1949-1956)
Real Madrid (1958-1967)

Seleções
Seleção Húngara de Futebol (1945-1956)
Seleção Espanhola de Futebol*(1961-1962)

Treinador
Panathinaikos (Grécia)
Colo-Colo (Chile)
AEK Atenas (Grécia)
Sol de América (Paraguai)
Cerro Porteño (Paraguai)
Al-Masri (Egito)
Panhellenic Melbourne (Austrália)

Puskas foi treinador até o início dos anos 90.

Títulos
Campeão Húngaro - 1950, 52, 54 e 55
Campeão Espanhol - 1961, 62, 63, 64 e 65
Copa da Espanha - 1962
Copas da Europa (atual Liga dos Campeões) - 1959, 60 e 66
Mundial Interclubes - 1960

Pela seleção húngara, marcou 85 gols em 84 partidas, foi medalha de ouro nas Olimpíadas de 1952 e vice-campeão Mundial em 1954, na Suiça.

E chegou a impressionates 1176 gols em 1300 partidas em sua carreira.

Fonte: Wikipédia
Foto: Real Madrid
Em duas penalidades, o Colo-Colo conquistou sua vantagem frente ao Toluca, do México. Jogando no Chile, o time conseguiu importante vantagem para a partida de volta no México. Agora precisa de um empate no jogo de volta para se classificar.

O 1 x 0 foi através de Suazo (Colo-Colo), de pênalti, aos 13 minutos do primeiro tempo. Os mexicanos empataram aos 24, com Marioni.

E Fernandez aos 31, de pênalti, novamente, deu a vantagem aos chilenos.

O Colo-Colo se candidata de maneira contundente à final. Nas quartas-de-final (está certo: a vantagem foi bem mais elástica na partida em casa...4 x0) eliminaram os argentinos do Gimnásia (La Plata), e no jogo de volta venceram novamente, na casa do adversário. O jogo foi atípico, com muita pancadaria, e mesmo assim os chilenos venceram por 2 x 1. Estão mais que gabaritados para a final, portanto.

Com relação ao time mexicano, sempre resta alguma chance, devido ao crescimento do futebol do país, principalmente em competições da Conmebol. Entretanto, apesar da evolução, em termos práticos, nunca conseguiram nada. Desta vez precisam reverter uma desvantagem que não garante muita coisa aos chilenos.

O vencedor de Colo-Colo x Toluca, enfrentará na finalíssima o vencedor de Atlético Paranaense x Pachuca.
No primeiro jogo deu Pachuca (1 x 0, no finalzinho), e cabe lembrar que o jogo de volta envolve o velho tema da altitude.

Em resumo, a Copa-Sulamericana está bem temperada, como era esperado (não por todos).
Lembrando também: o vencedor desta edição, enfrentará o Campeão da Libertadores de 2006 (Internacional), pela Recopa Sul-americana, em 2007.

Estádio libertadores da américa

No início desta semana comentávamos aqui sobre a despedida do Independiente de seu estádio, pois o mesmo passaria por remodelação.

Pelo que aparece na animação (abaixo), o novo estádio rojo será belíssimo . Aliás, nos cantos do estádio, a estrutura lembra a Arena da Baixada.


No site do clube tem uma animação interessante, que mostra como ficará o estádio após terminada a reforma.
Clique no link abaixo e assista(o vídeo é em windows media player, e tem 3min13seg de duração).

http://www.independiente.com/nuevo_estadio.wmv
O assíduo leitor deste blog, Maurício (que escreve no blog parceiro, Cuarto dos Fundos), nos envia o link de uma página do site oficial do Grêmio, através da caixa de mensagens (veja no lado direito do blog).

O link mostra uma mensagem da mascote do Grêmio, "Madonna". É de certa forma comum, clubes adotarem algum animal que "freqüenta" o estádio.
Mas no caso da publicação do site tricolor, repercutiu porque o texto usa "termos caninos", como se fosse a própria "Madonna" que tivesse escrito.

Com a rivalidade Gre-Nal, vocês já imaginam a brecha dada à gozação.
Como o texto é "canino", alguns termos soaram engraçados para o pessoal.
O início do texto é este:

Olá, amigos torcedores. Estou abanando o rabinho de felicidade!
Acho que vamos para mais uma Copa Libertadores”.

Daí já viram...
O texto já está aparecendo em várias comunidades do Orkut.
Imagino que torcedores do Grêmio nada tenham contra a mascote, mas qual será a opinião sobre o texto?


Fonte: através do Maurício, o site oficial do Grêmio.
Foto: a foto do post não é a da mascote tricolor.

Perfeccionismo

O vídeo abaixo mostra a que ponto chegam alguns árbitros de futebol. Está certo que esse lance é uma exceção, poucos são tão rigorosos(?) assim.
Mas na partida deste vídeo, o pênalti é cobrado meia-dúzia de vezes!
Eu ainda estou reprisando aqui, mas em algumas cobranças não encontro motivos para ele ter mandado repetir.




Fonte: através do blog Futebol Acima de Tudo

Provocação

Eu já tinha comentado aqui, depois da vitória de 3 x 1 do River no superclássico argentino, que na Argentina nem os sites oficiais dos clubes perdoam o rival. As provocações após estas vitórias são bem mais explícitas que aqui(sites oficiais dos clubes brasileiros), e inclusive criam vários wallpapers comemorativos e cheios de deboche.

A foto acima mostra mais uma destas provocações. Após o clássico de domingo entre Independiente e Racing, vencido pelo Independiente por 2 x 0, as ruas de Avellaneda amanheceram com este cartaz.




O texto faz referência à despedida do Independiente de seu estádio "Libertadores da América", que passará por remodelação.

Nada fácil a segunda-feira racinguista.

Ainda sobre o clássico, a partida foi interrompida pelo juiz aos 19 minutos do segundo tempo, em virtude de distúrbios na arquibancada, envolvendo a torcida do Racing.
É o terceiro clássico recente que é interrompido por incidentes do tipo.
No site oficial do Independiente, mais provocação:

"Aos 19 do segundo tempo, Elizondo (o árbitro da partida) interrompeu o jogo por incidentes na arquibancada visitante e a partida teve que ser suspensa. Os do rojo (Independiente) tristes por não poder concluir uma partida que prometia mais, a torcida do Racing talvez aliviada porque viam chegar outra goleada."
O destaque na Argentina ainda segue sendo o incidente entre jogadores do Gimnasia (La Plata) e a barra brava do próprio time. O caso ocorreu no meio da semana, quando o Gimnasia ia jogar contra o Boca Juniors o restante de uma partida interrompida anteriormente.
Acontece que o Gimnasia não almeja mais o título, e o Estudiantes (rival da mesma cidade do Gimnasia, La Plata) seria beneficiado na tabela em caso de vitória da equipe, já que é vice-líder.
Para que uma vitória do próprio clube (Gimnasia) não favorecesse ao rival Estudiantes, torcedores "barra-bravas" foram até a concentração da equipe antes do jogo contra o Boca e os ameaçaram em caso de vitória. Foram armados, inclusive. A pressão surtiu resultado e o Gimnasia acabou sendo goleado, jogando apaticamente.


O assunto ainda segue repercutindo, e os jogadores demonstram muito medo em falar sobre o assunto, tanto com a imprensa, tanto com as autoridades. A coisa é bem séria e as ameaças continuam, agora para que os jogadores não falem tudo sobre o fato.

Como a partida foi decisiva para esta vantagem do Boca, e com toda esta situação extra-campo, já falaram até em suspensão do campeonato até que se esclareça o ocorrido em La Plata. Mas não parece provável.

Pelo lado do River, jogadores e o técnico Daniel Passarella também reclamam que Gimnasia e Boca se jogou no pior momento possível, que a partida deveria ter sido realizada antes. Como a derrota do Gimnasia ocorreu entre todos estes fatos, a acusação é que uma importante partida do campeonato, foi decidida de maneira escusa, fora de campo.

Dentro de campo, o destaque da rodada foi a vitória do Independiente sobre o rival Racing, por dois a zero. O Boca (agora com o mesmo número de jogos que os outros 4 primeiros colocados) abre distância na liderança.

Principais resultados da 15ª rodada:

Banfield 1 x 2 Arsenal
Estudiantes 3 x 1 River

Gimnasia 0 x 3 Vélez
Independiente 2 x 0 Racing
Boca 3 x 1 Quilmes
___________________________

Classificação:

1º Boca Juniors................38
2º Estudiantes.................34
3º River............................31
4º Arsenal........................28
5º Velez...........................25

Fonte: Diário Olé

Decisão por pênaltis

A decisão por pênaltis é sempre um tormento para os batedores, principalmente. Em qualquer competição, por qualquer equipe, em qualquer campo onde se jogue o futebol.

Na noite de ontem o EC Pelotas foi eliminado da Copa RS nos pênaltis.
O torcedor áureo-cerúleo Manoel Soares Magalhães, relembrou de seu passado "futebolero" na comunidade do EC Pelotas, num texto que ilustra muito bem a experiência de errar um pênalti, o qual está reproduzido abaixo.
Agradeço ao Manoel pela autorização da publicação do texto aqui.




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Auto-imolação *

Quando jovem, joguei futebol. Nessa época eu trabalhava como repórter no Diário Popular e disputava o campeonato de gráficas em Pelotas. Era atacante. Jogava razoavelmente bem; na época um atacante com cheiro de gol não era chamado "matador". Eu era, digamos, um matador. Não tinha jogo que eu não deixasse minha marca.

Certa tarde de domingo, no campo do Bancário, houve uma partida memorável. Precisávamos vencer por um gol de diferença. No tempo normal, deixei o meu. Mas, ainda assim, haveria cobrança de penalidades.
O estádio estava cheio; as torcidas se agitavam à roda do campo. Na minha cabeça, assim como na cabeça de todos os atletas - inclusive na cabeça dos jogadores do time oponente - a preocupação martelava como um surdo.
Pênalti é forma mais terrível de acabar um jogo. Competência é importante, sim! Mas têm outros fatores que determinam a tragédia de um jogador ou sua glória. Portanto, o suplício começou. As batidas foram ótimas de ambos os lados.
Quando chegou minha vez, minha cabeça estourava de dor e as pernas não eram pernas, mas barras de granito. Fui ao encontro da bola como quem se dirigia ao calvário. À medida que eu caminhava, o goleiro se agigantava e a goleira, como que por encanto, estreitava-se. A bola da me aguardava na risca do pênalti. Curvei-me para arrumá-la melhor, e puxar dos pulmões ar, mais ar, pois eu estava sufocado. A torcida eu não conseguia ouvir... Ouvia, sim, o coração martelar sangue, sangue que escorria célere pelas veias. Olhei para o goleiro. Parecia uma estátua de gelo na minha frente, braços abertos... Tive ímpetos de fechar os olhos, mas, num último arranco de coragem, os mantive abertos.

Corri para a bola. Correr, não. Foi, creiam nisso, o caminho mais longo de minha vida. Ao chegar perto da bola, e erguer a perna esquerda para nela bater, tive a certeza de que erraria. Bati. Firme. Isto é, julguei que tivesse sido firme. Mas não foi firme, não. Bati nas mãos do goleiro, que praticamente não se mexeu abaixo do travessão. Ele, igualmente tenso, espalmou a bola.

Eu desabei.
Desabei mesmo. Em lágrimas. Eu perdera o gol. A torcida, enfurecida, berrava, me chamando de incompetente, de burro. Eu ali, de joelhos, auto-imolando-me... Foi o que aconteceu sábado à noite na Boca. Vi dois jogadores auto-imolar-se. Passaram pela experiência que eu passara, anos atrás, eles na condição de profissionais, eu na de amador. Mas a experiência é trágica.
O jogo, então, teve para mim um gosto terrível, pois reavivou em minha mente àquele terrível dia. Assim, gurizada, condenar um batedor de penaltis é tempo perdido. Ele já está por demais condenado. Mergulha na mais tenebrosa das noites. Não precisa, não, de detratores. Ele se detrata a sós... Arranca mentalmente a perna que falhou. Destrói-se por dentro como se houvesse em suas entranhas um roedor colossal. Quem perde uma penalidade máxima perde a vida. Sufoca-se. O sangue congela nas veias. Não, não vamos condenar o batedor de penalti à condenação eterna. Por que? Porque ele já condenou-se.

Manoel Soares Magalhães

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* Manoel Soares Magalhães é jornalista, escritor e artista plástico, e fundamentalmente torcedor do Esporte Clube Pelotas.

...Puro Futebol




Reportagem sobre as barras gaúchas

A Zero Hora deste domingo traz uma reportagem sobre as torcidas Geral do Grêmio e Popular do Inter. Pra quem não é do RS e não está familiarizado com as torcidas, elas se intitulam "movimentos" não-organizados (não são instituições regulares) e os seus nomes são advindos dos setores do estádio onde se localizam. Têm um grande apelo junto aos torcedores mais jovens, e se propõem a cantar e apoiar o time o tempo inteiro, independente do placar ser favorável ou não.


Na reportagem da Zero Hora, que na verdade é uma série que vai até terça-feira, intitulada "No Rastro da Violência", o jornal procura mostrar os bastidores destas torcidas, os líderes e suas relações com os clubes.

Em suas páginas, a reportagem trata sobre acusações de favorecimento da Brigada Militar (em relação a materiais que entram em campo), reclamações das organizadas e outros supostos privilégios das barras, concedidos pelas direções dos clubes.

A matéria certamente irá dar o que falar. Na edição de segunda-feira, tratará sobre como funciona a conexão na internet, e justamente na internet já aparecem as primeiras manifestações contrárias ao que foi reportado. Nenhum torcedor participante das torcidas concorda com 100% do que foi publicado, e já começam aparecer "desmentidos" e broncas com o que foi publicado.

De toda maneira, acho que o assunto é merecedor de reportagem, sim (até este blog já teve uma tratativa fracassada de entrevista com o pessoal da Guarda Popular, via internet), pois trata diretamente de uma manifestação da cultura futebolística atual dos estádios gaúchos.

A de Inter e Grêmio são as maiores, mas o tipo de movimento já se alastra pelo Rio Grande do Sul, como por exemplo, nas torcidas de Juventude e Inter de Santa Maria, ainda que em números bem menores de participantes.

Neste sentido, a reportagem é mais que bem-vinda e muito bem feita. Quanto ao que ela descreve, e se existe diferença com a realidade não posso opinar, pois só o faria se soubesse da realidade do que acontece por lá. Outra coisa inegável é o grande interesse das torcidas de Grêmio e Internacional pelo assunto, mesmo para aqueles torcedores que não participam dos movimentos. Aguardemos mais repercussões e as próximas matérias.


Mas uma coisa é inegável: o assunto é fadado à polêmica, desde seu surgimento.

Fonte: Zero Hora (abaixo da primeira matéria há outros links para as demais reportagens sobre o assunto).

Cultura Futebolística (?)


É inegável. As torcidas brasileiras idolatram o mais que famoso "seu" Madruga do Programa do Chaves.

Seu Madruga, o anti-herói brasileiro, ops, mexicano, é um ícone dos jovens que foram criados assistindo o personagem nas tardes do SBT.
Lembro que quando eu tinha 12 anos, era complicado assistir, pois já era fanático por futebol, e o SBT passava o Chaves exatamente no horário do Globo Esporte. Mas sempre assistia de uma maneira ou outra.

Pois o Seu Madruga cativou além de algumas gerações, várias torcidas brasileiras.



Uma pena que o ator, não pode assistir tamanho prestígio no Brasil. Uma visita do Seu Madruga hoje no Brasil, seria um evento nacional.

Em tempos de efeitos especiais, a turma do Chaves ainda atrai o público brasileiro, talvez justamente pela simplicidade. E acabou refletido no futebol, de certa maneira.

Nas vezes que falaram de clubes de futebol no Chaves, sempre traduziam por times brasileiros, mas certamente não eram os times citados na versão original..
Seu Madruga também tinha uma flâmula de um time mexicano em sua parede. Se alguém lembrar que clube era este da flâmula, favor nos informar.

As fotos da imagem acima, são publicadas por torcedores de clubes brasileiros que supostamente seu Madruga "torce" e até joga (comunidades do Orkut).
Pra quem tiver dificuldade de identificar alguns, aí vai, pela ordem (esquerda superior para direita):
SeleçãoBrasileira, AméricaMG, Atlético-MG, Flamengo, Figueirense, Avaí, Fluminense, Palmeiras, Santa Cruz, Juventude, Náutico, CSA, Internacional, Grêmio, Payssandu, Pelotas, Cruzeiro, Botafogo, Ponte Preta, Portuguesa e Santos.

E certamente tem mais.

Is this Love

O vídeo abaixo é de um jogo-treino entre a Jamaica e o time do Toros Neza, do México.
Não sei a data da partida, mas o vídeo é muito interessante.
A trilha sonora mereceria um Oscar.
Lembra aquela história de que tal disco do Pink Floyd, se executado junto com o filme "O Mágico de Oz", teriam sincronia perfeita?
Reparem que o carrinho que dá origem à bagaça é no exato momento em que na música retumba o "prataço" de entrada.
Quem imaginaria tanto estresse entre jamaicanos e num jogo-treino ainda por cima?







Papo x Tricolor

Na noite desta quarta se enfrentam no Alfredo Jaconi, Juventude e Grêmio. O Juventude foge de uma pequena chance de rebaixamento e o Grêmio busca ainda a vaga na Libertadores, e a recuperação das duas derrotas em casa, nas duas últimas rodadas.

Além disso, o jogo é considerado de alto risco pela Brigada Militar.




Medidas que serão tomadas pela BM:

- contingente reforçado por policiais de cidades próximas;
- implantação de uma cela no estádio (assim como ocorreu no Gre-Nal);
- ônibus da torcida gremista serão parados e depois escoltados até o estádio;
- gremistas serão conduzidos diretamente para um setor das arquibancadas do Jaconi;

Mas o intrigante da notícia é que, segundo a Brigada Militar, foi descorberto uma espécie de plano em que alguns integrantes da Geral do Grêmio pretendiam se infiltrar na torcida do Juventude para provocar confusões (brigas).

Eu fico curioso para saber como isso foi descoberto e principalmente, de que estratagemas iriam utilizar estes torcedores para provocarem brigas no meio da torcida adversária. Não deu pra entender direito, pelo menos eu não consegui.
Seria bom mais explicações sobre o caso, mas não encontrei fontes com as declarações da própria Brigada Militar, que seria o mais indicado.

Ainda segundo a reportagem do Terra Esportes, as torcidas já foram consideradas parceiras, mas hoje existe uma forte rivalidade entre elas.

Rumos estranhos, se isto for verdade.

Quem quiser ler a notícia original, clique
aqui .

Foto:
blog da Papada
Fonte: Terra Esportes

Curiosidade

Uma coisa que causa estranheza na rivalidade entre a dupla Gre-Nal é a maneira como muitos torcedores nomeiam o clássico
Gre-Nal.
Todos sabem que o clássico, apesar da enorme rivalidade, é motivo de orgulho entre gremistas e colorados. E por conta desta rivalidade, na hora de rebatizarem o clássico, usam de apelidos que depreciam o próprio clássico. Claro, a intenção é debochar da parte do nome do adversário que forma a abreviatura do clássico.


Para colorados, o Gre-Nal é o "Gay-Nal", e para os gremistas é o "Gre-Nada". Mas é difícil desassociar estes apelidos do nome do próprio clássico e não uma referência provocativa a um dos times, que é a intenção.
As duas formas acabam por rebatizar o clássico de forma pejorativa. Interessante observar que em discussões e fóruns sobre qual o maior clássico do país, colorados e gremistas concordam que é o Gre-Nal e até defendem veementemente o clássico do Rio Grande do Sul.

Mas ao chamarem o clássico por seus apelidos (contra o adversário), causam um efeito que torcedores de outros estados não entendem. Parece gol contra. Nesta semana Gre-Nal, onde várias vezes escreveram "Gay-Nal" e "Gre-Nada", um torcedor de São Paulo chegou a perguntar na internet: "Como eles podem chamar o próprio clássico assim?".
Não foram tão impactantes como a fumaça negra do Gre-Nal passado, mas houveram alguns problemas na arquibancada e na saída do Olímpico.

Na arquibancada gremista uma pequena briga entre torcedores do Grêmio que logo foi contida pela Brigada.
Já na torcida do Inter alguns distúrbios com confronto entre Brigada e torcedores. Segundo a Brigada, torcedores colorados teriam quebrado banheiros e iriam jogar os pedaços dos sanitários no gramado.

Em outro conflito dentro da torcida do Inter, a Brigada utilizou
balas de borracha e bombas de efeito moral. Torcedores do Inter reclamaram bastante do tratamento por parte da Brigada Militar (em espaços na internet na noite deste domingo).



Segundo o programa Tele-domingo (RBS TV), existiu uma tentativa de atropelamento na saída do estádio.
Apesar disso, parece que da forma como foram as coisas hoje, acho que há poucas chances de o próximo Gre-Nal ter apenas a torcida mandante presente, como já tinha sido sugerido por algumas autoridades.

Fonte e foto: Terra Esportes
Pelo Apertura argentino o River goleou o San Lorenzo por
5 x 0.
O destaque foi o gol de Ortega (que voltava à equipe), depois
de balãozinho, um toque por cobertura. Foi o quarto gol do River na partida.

Já o Boca Juniors, firme na liderança, buscou uma vitória
importante fora de casa contra o 4º colocado Arsenal.
Dois a um, de virada. Gols de Boselli e Palacio.

O Independiente alcançou bela vitória fora de casa contra o Newell's em Rosário, 1 x 0.

No meio da semana o Boca termina partida interrompida contra o Gimnasia (La Plata), a qual vencia por 1 x 0. Falta jogar o segundo tempo. Depois disso a tabela fica emparelhada em números de jogos.


1. Boca....................32
2. River....................31
3. Estudiantes..........31
4. Arsenal................25
5. Independiente.....23
O Inter venceu no Olímpico. Com gol de Iarley aos 20 minutos, o colorado segue na perseguição ao São Paulo, que também venceu, jogando como visitante na Vila Belmiro.
O Inter mostrou autoridade e se mantém sem derrotas em clássicos desde 2004 (pela sul-americana daquele ano).

Santos e Grêmio já se afastaram do título e a briga fica por conta das vagas na Libertadores, com a perigosa aproximação do Paraná que venceu ao Palmeiras por 4 x 2.
Acho que o título está muito próximo do Morumbi, mas analisando comentários e considerações de algumas rodadas atrás, por incrível que pareça, agora o receio são-paulino (torcedores) é um pouco maior, talvez pela ansiedade
com a aproximação do fim do campeonato.

Mas o São Paulo tem feito a parte dele e assim vai somando vitórias.
Acho que será um bom final de Brasileirão em termos de emoção,
mesmo com a distância na tabela do primeiro pro segundo colocado.
Basta uma rodada que combine resultados e serão apenas dois pontos.
Pode ser na próxima.


E restam quinze pontos a serem disputados.


Hoje é dia de Gre-Nal

Gre-Nal.
Hoje e pelo Brasileirão. O Gre-Nal pelo Brasileirão é diferente um pouco dos do Gauchão. O do Brasileirão envolve outros fatores, como no caso de hoje, a disputa de vaga na Libertadores pro Grêmio, e a disputa pelo título no caso do Inter. Gre-Nal é Gre-Nal, como já diz antigo jargão, ainda mais valendo tudo isso, com repercussão no futuro imediato dos clubes. O do Gauchão é mais "direto".

Mas o clássico tem tantos prismas, que não deixo de lembrar os Gre-Nais do Gauchão. Valem menos que os do Brasileirão em termos de futuro em outras competições, mas em se tratando do jogo em si, os do Gauchão tem toda uma aura "gaúcha".

Várias finais disputadas nos rigorosos invernos de julho, agosto. Dedos "encarangados", campo embarrado, manga comprida, bergamota e "japona" bem grossa para agüentar o frio e o vento.

Zero Hora/Correio do Povo cedinho da manhã (hoje em dia recebo já no sábado, não lembro como era antes, mas comprava só no domingo), a capa já fazia a chamada (como ainda faz) e as reportagens dando detalhes das equipes. Nas rádios da capital, ainda que mal sintonizadas em virtude da distância, tudo era Gre-Nal.

Hoje é Gre-Nal pelo Brasileirão. Diferente, mas igual. E o Estado estará parado, com a respiração apreensiva. Se o Google Earth focar o mapa gaúcho hoje, não duvido que possa sentir os pampas pulsando.
Tudo muda num dia de clássico.

O café da manhã para o torcedor gaúcho em dia de Gre-Nal é a refeição completa. Pois o almoço devido à ansiedade já não cai tão bem. E as horas passam lentamente, se arrastam, até a hora do clássico. Este ano, justamente na entrada do horário de verão acontecerá o clássico. Uma hora a menos de nervosismo para os torcedores de ambos os clubes.

E tudo se decide numa tarde. É injusto. Um Gre-Nal deveria ser decidido no mínimo, numa partida de 3 horas e com o juiz sendo substituído a cada 30 minutos. O derrotado sabe que o time poderia apresentar mais. O vencedor sabe que o time poderia ter feito mais gols.

Ao derrotado, além da tristeza, a lembrança do que irá enfrentar pela semana, e até mês inteiro.
Já o vencedor...não há como explicar o sentimento de uma "vingança" alcançada, mas que será eternamente buscada. Novamente, outra vez, e mais e mais.

Tudo já se escreveu sobre Gre-Nal. Mas nada irá explicar o clássico.

É domingo. Amanhece. É Gre-Nal. Bom dia, bom clássico.

O Rio Grande do Sul está fechado para balanço, até às 18 horas de hoje.

É Gre-Nal.



Foto: www.portoalegre.rs.gov.br

O amor e o Gre-Nal

Este texto recebi do leitor e blogueiro Maurício Kehrwald Cruz, via e-mail. Excelente texto retratando a rivalidade Gre-Nal no cotidiano dos jovens gaúchos. Belíssimo texto, Maurício. Agradeço a colaboração!

A figura ao lado mostra algumas rivalidades, ainda que menores à Gre-Nal, mas mundialmente famosas.







"É impressionante como certas coisas, desobedecendo quaisquer tipos de
lógicas e práticas no campo do bom senso, são recorrentes em nossas vidas.
Ou pelo menos estão aí, nas vidas de muitos outros, fazendo parte de nosso
cotidiano.

Comecei assim meio abrangente, mas na verdade eu quero escrever sobre um
mote em específico: por que razões gremistas insistem em namorar gurias
coloradas e vice-versa?

Está aí uma pergunta de difícil resposta. Alguns valer-se-ão da máxima a
qual diz que os opostos se atraem. Ok, respeito a opinião, mas o aforismo
supracitado não dá vazão à complexidade da questão.

Pois bem, vejamos assim, por este lado: o cara é colorado xiita. Daqueles

que sabem a escalação do time que ganhou um jogo válido pela sexta rodada do
primeiro turno do Brasileirão de 1993.

Fanático e membro da Camisa 12 ou da FICO ou então freqüentador da Popular,
nosso herói, já não bastasse a paixão e o relacionamento de altos e baixos
com o time, resolve engatar-se sentimentalmente numa colega de faculdade,
pois nem só de futebol e cerveja vive o macho.

Mas é claro que ele não
conhecerá a moça e acordará um dia descobrindo que ela é gremista. Ele
descobre cedo, e, mesmo assim, decide que vai entrar de peixinho no romance.

É aí, pois, que principia seu ocaso:

- Oi, somos colegas né? – pergunta, com um sorriso tão lindo quanto ela.

(Até porque as gremistas normalmente são lindas... ao menos as que eu conheci)


- É! Somos. Na terça-feira de manhã, cadeira de Introdução à pesquisa –
sorri, quase babando.
- Tá com alguém aqui na festa? – o sorriso é sempre o mesmo: lindo.
- Nem... vim com um amigo, ele se arrumou com uma guria e eu fiquei aqui com
a minha companheira. – Soergue uma Polar, em long neck
- Bom... se tu já tens companhia...
- Minha companhia aceita ser esquecida quando o motivo é tão belo.

(pausa)

(beijos)

Pois é! Vós sabeis que beijos derivam de diálogos até mais absurdos que este
aí acima. A noite acaba em beijo mesmo, ele pega o número de celular dela e
ela o dele.


Cortemos os 3 dias seguintes, a conversa que tiveram por
telefone, a troca de msn e os trâmites todos de um início de relacionamento
na Era Contemporânea. Estamos, agora, na terça-feira pela manhã, aula de
introdução à pesquisa:

- Psiu!
- (...)
- Ei, guri!
- Oi!
- Vamos tomar um café? Não agüento mais essa aula.
- Vamos.

E vão.

No boteco perto do bloco onde estudam, ela resolve tecer comentário acerca
do abrigo completo do Inter que ele está vestindo:


- Colorado, então... – ela sorri
- Sou! Tu também?
- Gremista...
- Ah...

Observação importante: esta é a hora de sair correndo, caso a pessoa em
questão seja irresistível e haja uma possibilidade forte de sair namoro daí.

Mas é claro que não é isso que nós homens, gremistas ou colorados fazemos,
evidentemente.

- Decepcionado?
- É... não... não faz diferença... tu tens outras qualidades. – Sorri, meio forçado
- É mesmo? Quais sejam?
E cita, dissertando sobre cada um, os aparentes atributos da moça.
Ela sorri
Ele a beija.

Corta pra 4 meses depois, dia de Grenal, na casa dela, com o pai da moça: um
daqueles gremistas psicóticos, que, em dia de jogo usa até meia e pantufa do
time. O namorado não foi ao jogo pois como o mesmo é no Olímpico, logo os
ingressos esgotaram e ele ficou sem. O velho não foi porque acha que já
passou da idade de se amontoar em campo de futebol.

Vão ver pela televisão:

- Te prepara que hoje o imortal, multicampeão, invencível e campeão mundial
vai humilhar esse teu timeco.

- Tá, tá, “Sêo” Clóvis... come aí teu churrasco enquanto o sofrimento não
vem!

- Sofrimento? – exaltado e cuspindo farinha na cara da mulher, da filha e do
genro – Sofrimento vai ser o teu com essa bosta de time!

- Certo, certo... agora me alcança mais uma cerveja... – enquanto isso troca
afagos com a filha do “Sêo” Clóvis por debaixo da mesa.

Comem, bebem, trocam provocações. São, agora, dezesseis horas em ponto e a
família (incluindo parentes) da namorada está toda lá, engrossando o caldo
tricolor, numa – perdão, mas o trocadilho é inevitável - agremiação
predominantemente gremista (os colorados haviam conseguido ingresso).

O árbitro apita o apito. A peleja começa.

(Lapso de 1 hora mais 50 minutos)

Vamos às variáveis:

I - Vitória do Grêmio:
- Chora, macaco! – grita o “Sêo” Clóvis
- Tá certo... tá certo... – grunhe o rapaz
- Cadê o Inter? – Grita o “Sêo” Clóvis
- Tá certo... perdemos... – responde em voz muito baixa o rapaz
- Cadê o centroavante de vocês? Não era craque? – brada outra vez o velho
- Certo, certo... não foi o dia do cara... – ele é muito fã do dito centroavante
- Cadê o...
- Cala essa boca seu velho imundo, senil e porco! – Rompe num berro
absurdamente alto, o rapaz.

O namoro acaba.

II – Vitória do Inter:
(Rapaz sorrindo e dando risinhos)
- Tá rindo do que? Foi roubado! – Grita o velho, colérico
- Que é isso “Sêo” Clóvis... jogo bom... alguém tem de ganhar! – responde

quase chorando de rir

- Tira essa camisa já! – Brada o velho cada vez mais colérico e com a respiração ofegante
- Calma...
- Tira isso, seu palhaço!
- Calma aí “Sêo" Clóvis...
- Tira isso seu filho de um corno!
- Cala essa boca seu velho imundo, senil e porco! – Rompe num berro
absurdamente alto, o rapaz.

O namoro acaba.

III – Empate

- Merecíamos a vitória! – exclama o velho
- O empate foi justo... mas o Inter foi melhor – responde o rapaz, já
querendo mudar de assunto
- Justo? Jogaram melhor? Uma ova! Esse seu time é de fracos!
- E vocês empataram com um time de fracos em casa... o que vocês são?
- Olha o respeito comigo rapaz...
- Eu lhe respeito “Sêo” Clóvis...
- Respeita nada, piá! Não tem nem barba na cara ainda!
- Cala essa boca seu velho imundo, senil e porco! – Rompe num berro
absurdamente alto, o rapaz.

O namoro acaba.

O amor, que tantos percalços supera, tanto degraus galga, que tantas
infâmias contraponta; este amor, este mesmo amor...

Nunca transpõe o Gre-Nal."


Maurício Kehrwald Cruz*


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* Maurício escreve no Cuarto dos Fundos e no Elite Tática

Morre o maior artilheiro da Libertadores

Faleceu nesta sexta-feira Alberto Spencer, aos 69 anos, vítima de complicações cardíacas.
Spencer era equatoriano, mas teve a ascensão no futebol no Uruguai, nos anos 60. Jogou pelo Peñarol, onde foi campeão uruguaio, da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental (atual Mundial de Clubes). Chegou a defender a seleção uruguaia em amistosos e só não foi para a Copa do Mundo vestindo a celeste, porque nunca quis abdicar de sua nacionalidade equatoriana.




Na Libertadores, marcou 54 gols, sendo o maior artilheiro da história da competição.
Recorde quase impossível de ser batido.
E novamente o direito de admissão é utilizado por um clube argentino para se precaver de possíveis atos de violência. Desta vez é o Arsenal, próximo adversário do Boca Junior no Apertura. Como anteriormente, a lista possui nomes de 15 integrantes da "La 12", que terão que ficar de fora do estádio.
Parece que o Comitê de Segurança Desportiva está decidido a barrar torcedores envolvidos em distúrbios e por um bom tempo, e as medidas vêm sendo respeitadas até aqui. De outubro até agora, está já é a quarta partida em que o direito de admissão é utilizado.

O curioso na notícia do Diário Olé é a maneira como os líderes de La 12 (alguns na foto acima) lidam com o impedimento de ir ao estádio: almoçarão com a torcida (como sempre fazem em dias de jogos) prepararão a bateria, e depois monitorando pela televisão comandarão as ações. Por celular.

Apesar de considerarem a medida discriminatória, o advogado do líder da barra "La 12", disse que o cliente não entrará na justiça por não querer prejudicar o Boca.

Fonte: Diário Olé, através do leitor Maxi.
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