Jalde-negro é Campeão de Bagé

O jogo prometia e cumpriu. Era o quarto de uma série que começou lá em fevereiro. Dois deles seriam válidos simultaneamente pela Segundona gaúcha e citadino, como no caso de ontem. Nos jogos anteriores, dois empates e uma vitória do Bagé na Pedra Moura por 2 x 1. Portanto o Bagé jogava pelo empate para sair com o título da cidade.
O título de Bagé não era disputado desde os anos 70, o que dava um caráter mais especial à partida, e era um Ba-Gua (o 396) e tudo que o envolve.
Além do título, o Guarany buscava a reabilitação na Segundona, onde tem 10 pontos, e trouxe várias novidades, jogadores que disputaram a Série A este ano, como o goleiro Cássio e o atacante Alê Menezes, entre outros.

Antes mesmo do começo da partida uma boa notícia para o Bagé era transmitida pela Rádio Clube: teria que ser aberto um setor de arquibancada a mais para os jalde-negros, que esgotavam o espaço inicialmente dedicado para a torcida.


No primeiro tempo, mesmo que o empate já garantisse o título, o Bagé marcava forte a saída de bola, e dominava as ações ofensivas. Chegou a ter um gol mal anulado (segundo relatos), marcado por Dênio e uma bola que acabou no travessão.


Aos 36 minutos, em cobrança de falta ensaiada, o zagueiro Aguinaldo acerta uma bomba de fora da área, daquelas que não deixam dúvida que foi gol, para verdadeira loucura da torcida visitante.

Os jogadores comemoram junto aos torcedores, subindo no alambrado.

Na segunda etapa o domínio continuou sendo do Bagé, apesar do Guarany tentar equilibrar mais a partida, levando algum perigo em cobranças de escanteio. Mas o Bagé na maior parte do tempo mantinha a posse de bola, e evitando os perigos que o 0 x 1 pode oferecer.

A partir do momento que a torcida do Guarany começou a deixar o estádio (antes do final da partida), os jalde-negros começaram a puxar o tradicional "é campeão!", que seguiu sendo entoado mesmo depois do apito final.


Fim de jogo, começa a comemoração e uma rusga entre Aguinaldo e alguns (ou algum, não sei os detalhes nem os envolvidos, li a notícia no Jornal Minuano) do Guarany, mas que foi dispersada.
Festa dentro do Estrela D'alva, volta olímpica e taça entregue. O Bagé recupera a hegemonia na cidade e se torna o maior vencedor desta taça (até este citadino, os clubes estavam empatados em número de títulos).


Depois da partida os torcedores do Bagé partiram em direção ao centro da cidade, em carreata e lá na Avenida 7 de Setembro, comemoraram com "buzinaço" e músicas jalde-negras.
Espero que mantenham o citadino, não dá pra entender este intervalo tão grande que ocorreu em Bagé e em outras cidades do interior gaúcho. A cidade volta a se mobilizar pelo futebol local, e pela grande rivalidade, a festa é de título estadual e assim que tem que ser.
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Fotos*: mais uma vez colaboraram Fabiana Borges e Antônio João. Muito obrigado!
*A última desta postagem é de autoria de Bosco, do Jornal Minuano, de Bagé.

2 comentários:

Maurício Kehrwald disse...

Em Caxias, se tivessem feito o mesmo no Caju, o Juventude teria conquistado o vice-campeonato citadino.

É um absurdo essa Federação Gaúcha boicotando o glorioso...

Anônimo disse...

é uma pena mesmo Caxias não ter essa disputa.
Esse ano ia dar Caxias certamente...

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