Aos 45 do segundo

Luxemburgo, além de técnico do Palmeiras, é nome de um minúsculo país europeu, lindeiro com Alemanha, França e Bélgica. Possui um pouco mais de 450 mil habitantes que vivem abastadamente sob uma monarquia constitucional.
Futebolisticamente falando, a seleção de Luxemburgo é uma das tantas seleções nanicas do continente europeu, com raras vitórias nas competições européias (entre estas, encontra-se apenas uma honrosa exceção, na
Eurocopa de 1964). Além deste retrospecto nada alentador, a seleção de Luxemburgo conta com um time misto de profissionais e amadores. Segundo uma das matérias que li para escrever esta postagem, na atual seleção jogam apenas dois profissionais (a verificar).

Mas o futebol tem muito destas coisas, jamais deve-se diminuir o orgulho que torcedores têm por clubes de pouca expressão, ou a entrega total de jogadores de times de pequeno porte, ainda mais quando o orgulho nacional está em jogo, como no caso de seleções nacionais (menos no Brasil, aqui isto é considerado ''patriotada'').

E exatamente com este orgulho, que um jogador luxemburguês chamado Fons Leweck, deu uma bela declaração, após ter feito o gol da vitória histórica de sua seleção sobre a Suiça, na casa dos adversários.

"Quando houve o apito final, tive uma sensação extraordinária, o fato de termos vencido. Sabíamos que tínhamos criado uma grande sensação, e estávamos nas nuvens. Quando terminou, a primeira coisa que pensei foi na minha família, que certamente estaria comemorando muito em casa. Como luxemburguês, estou muito orgulhoso em poder somar algo tão grande à minha pequena e insignificante carreira no futebol, sabendo que ninguém poderá tirar esse momento de mim, por nada. Vencer fora de casa, diante de uma grande torcida deve ter sido a melhor experiência que já tive."


Palavras ditas por Fons Leweck, depois da histórica vitória de Luxemburgo sobre a Suíça, fora de casa, pelas Eliminatórias da Copa (2-1). Leweck é atacante da seleção de Luxemburgo e do FC Etzella Ettelbruck. Foi ele o autor do gol desta vitória de Luxemburgo, com um gol aos 40 do segundo tempo. Um ano antes, ele também fez o gol da vitória sobre a Bielorrússia, nas Eliminatórias da EURO, com um gol aos 50 do 2° tempo, outra data histórica.

(texto disponível no
site da Fifa, em espanhol).

Lá no site da Fifa, este fato é mencionado na matéria "Pequenos Heróis do Futebol", sobre eventos marcantes no ano de 2008 (o jogo foi em setembro).

Um belo feito, sem dúvidas.

Aproveito o post para desejar um Feliz Natal para todos(?) os leitores do blog, mesmo os ocasionais via Google, mas principalmente aqueles poucos, mas fiéis e persistentes leitores, que mesmo com a baixíssima freqüência de postagens neste 2008, sempre deram uma passada por aqui.
Que em 2009, ainda que só tenhamos a nosso favor um time ruim, que seja combativo e raçudo, e que algumas vezes possamos ter momentos como o que Luxemburgo viveu, no vídeo abaixo:



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Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luxemburgo
http://es.fifa.com/worldfootball/news/newsid=986056.html#pequenos+heroes+futbol
e as demais citadas no texto.

A informação da escolha dos "Pequenos Hérois do Futebol" da Fifa, veio através de postagem de Gabriel Andrezo, da comunidade
Futebol Alternativo, do Orkut.

Y se dicen hinchas...

Aconteceu em Rosário, Argentina. Depois de 14 anos de administração de Eduardo López, agora ex-presidente do Newell’s Old Boys, o novo presidente encontrou um clube quase que, literalmente, em ruínas.
As frase de Guillermo Lorente (presidente empossado) é ilustrativa:
“Newell's parece Kosovo”.

Novos presidentes encontrarem situações desalentadoras quando da posse em clubes é fato corriqueiro. Mas o que chama atenção nesta notícia, é que a barra-brava leprosa participou de saques nas duas sedes do clube, Bella Vista e Malvinas (onde abrigam as categorias de base), após a vitória do grupo de Guillermo Lorente. Segundo o jornal Olé, a barra possui ligação com o ex-presidente do clube.

Na madrugada de segunda-feira, três caminhões estacionaram em frente à sede da Bella Vista, com alguns integrantes da barra. Saquearam de tudo: computadores, material de escritório, uniformes do time (que já estão sendo vendidos em bairros de Rosário, segundo a notícia), bolas de futebol, ventiladores, máquinas de escrever, refrigeradores de ar, 10 câmeras de seguranças, material de treinamento, entre outras coisas.

Não satisfeitos, foram até a sede onde treinam as categorias de base do clube, e de lá também furtaram material esportivo, inclusive as roupas das crianças que lá jogam (palavras do Olé: “¡Se llevaron hasta la ropa de los chicos!”).

Administrativamente há outros danos, como sumiço de livros de contabilidade, dinheiro e outros itens que tratam da organização do clube. Outro exemplo: o Newell’s não recebia energia elétrica da companhia de luz por estar há anos sem pagar. A energia elétrica vinha de geradores próprios que...também foram roubados. Mas o que mais espanta, volto no tema, é a atitude deste grupo de barras.

E não parou no saque: partiram pra depredação do próprio clube. O busto do fundador do clube foi destruído, os troféus foram achados amontoados em um canto, além de muitos vidros quebrados, tudo contra a sede.

Este lamentável episódio (e é lamentável, sim, não é ser “politicamente correto”, ou um discurso clichê, achar isto lastimável) serve para desmistificar algumas quase “lendas urbanas” sobre barra-bravas que circulam por aqui. Se por um lado é certo que existe uma característica argentina de um apoio que algumas vezes parece incondicional, por outro lado tem alguns pseudo-torcedores que estão ali por interesse financeiro, e que há muito tempo deixaram de serem torcedores, e sim parasitas do clube, pouco lhes importando a situação do time, a não ser quando esta reflete diretamente nos seus ganhos.

Que isto ocorre em qualquer lugar do mundo, é fato sabido, mas no caso argentino a referência que se faz é com alguns mitos que se criaram aqui no Brasil sobre a atuação destas facções, como se tudo fosse por amor ao clube. Infelizmente não é assim, o resto é apenas uma visão romântica de quem só vê o belo espetáculo dentro do estádio. Em alguns casos, o preço é altíssimo, como este que o Newell’s está pagando.

No Brasil, Argentina, Uruguai ou em qualquer lugar do mundo, quando a paixão é substituída por dinheiro, a coisa muda de figura. Porque ninguém há de dizer que destruir o busto do fundador do clube é um ato de paixão, ou um “manifesto político”. Não há crise, oposição à presidência ou qualquer insatisfação que faça um verdadeiro torcedor atentar contra a história de seu clube. Torcedor. ‘’Profissionais’’ são bem diferentes.


O título desta postagem é a legenda da foto publicada pelo Olé.


Fonte e foto: Diário Olé:
http://www.ole.clarin.com/notas/2008/12/19/futbollocal/01825205.html

http://www.ole.clarin.com/notas/2008/12/16/futbollocal/01822990.html

A volta(?) dos citadinos

Soube mês passado, primeiramente através do Impedimento, e depois no Jornal Minuano sobre a volta do Campeonato Citadino de futebol profissional em Bagé no ano que vem. Este campeonato já foi muito tradicional, tendo sua primeira edição ocorrido em 1918 e em muitos anos, o representante bageense no Campeonato Gaúcho era o vencedor do Citadino.

Com o passar dos anos e com as mudanças no sistema de disputa do Gauchão, o Citadino perdeu sua força, ainda que tenham sido realizados outros torneios em que a dupla Ba-Gua se enfrentava em uma série de jogos, valendo diversos troféus, mas nenhum destes contava com a chancela de "Campeão Citadino", o último foi em 1976.



Na versão 2009, inclusive a prefeitura municipal participou do lançamento do campeonato. A fórmula prevê dois jogos em fevereiro (dias 8 e 15 , coincidindo com a preparação para a Segundona 2009) e mais dois clássicos, que serão os dois da primeira fase da Série B. Quem fizer o maior número de pontos, leva (em caso de empate, ocorrerá uma quinta partida). Por sorteio ficou definido que o primeiro jogo será na Pedra Moura.


E também em Rio Grande, parece que está voltando o Campeonato Citadino, reunindo seus 3 tradicionais clubes. Neste caso a idealização desta competição ocorreu de maneira inusitada: através do Orkut, mostrando que nem sempre aquele batido chavão "sai do Orkut e vai pra cancha" deve ser considerado literalmente. A internet já se mostrou muito útil, inclusive para os clubes do interior.

Do
Jornal Agora, de Rio Grande:
"(...)Os idealizadores da competição foram representados por Paulo Mancha, Miguel Duarte e Farnei Coelho que representou Rodrigo Gomes, eles mais algumas pessoas idealizaram a competição através da comunidade "Futebol Riograndino", do site de relacionamentos "Orkut", que possui 154 membros. "A idéia surgiu na comunidade (do orkut) , queremos colaborar para que na nossa terra tenhamos torcedores dos nossos clubes. O apoio do torcedor será fundamental para o crescimento dos times do Rio Grande. Somos líderes irmanados pelo futebol da terra", afirmou Paulo Mancha.

Os jogos do campeonato de Rio Grande ocorrerão no estádio do Cassino Futebol Clube, com ingresso convidativo, 5 pila e irá de 24 de janeiro a 19 de fevereiro.

Fica a torcida para que estes campeonatos tenham sucesso, ou ao menos que sejam razoavelmente bem-sucedidos para que possam fomentar uma seqüência de torneios locais.
Isto porque, nos casos dos times do interior, é útil de várias maneiras. Primeiramente porque revive a velha rivalidade. Deixa as direções dos times mais alertas e trabalhando mais intensamente. Também serve como preparação para a competição oficial, já que nesta época sempre procuram por amistosos, além de que, com sorte, pode-se ter uma boa renda para dar uma reforçada no livro-caixa.

E estas duas tradicionais praças desportivas voltarão a ter suas peleias locais em 2009, mas inclusive na capital já foi realizado este tipo de torneio, a última vez que ocorreu foi em 1972. Não teria, a dupla Gre-Nal, huevos para encarar um simples citadino de começo de ano também?


Abaixo a lista de Campeões*, em Bagé, e logo depois a lista rio-grandina:

Citadino de Bagé:
1918 - Guarany Futebol Clube
1919 - Guarany Futebol Clube
1920 - Guarany Futebol Clube
1921 - Guarany Futebol Clube
1922 - Grêmio Esportivo Bagé
1923 - Não Houve (
Revolução de 23 - foram praticar o verdadeiro esporte favorito: guerra)
1924 - Não Houve (Revolução de 23)
1925 - Grêmio Esportivo Bagé
1926 - Guarany Futebol Clube
1927 - Grêmio Esportivo Bagé
1928 - Grêmio Esportivo Bagé
1929 - Guarany Futebol Clube
1930 - Não Houve
1931 - Grêmio Esportivo Bagé
1932 - Guarany Futebol Clube
1933 - Grêmio Esportivo Bagé
1934 - Guarany Futebol Clube
1935 - Guarany Futebol Clube
1936 - Grêmio Esportivo Bagé
1937 - Grêmio Sportivo Ferroviário
1938 - Guarany Futebol Clube
1939 - Grêmio Esportivo Bagé
1940 - Grêmio Esportivo Bagé
1941 - Grêmio Esportivo Bagé
1942 - Grêmio Esportivo Bagé
1943 - Guarany Futebol Clube
1944 - Grêmio Esportivo Bagé
1945 - Guarany Futebol Clube
1946 - Guarany Futebol Clube
1947 - Guarany Futebol Clube
1948 - Guarany Futebol Clube
1949 - Grêmio Esportivo Bagé
1950 - Guarany Futebol Clube
1951 - Grêmio Esportivo Bagé
1952 - Grêmio Esportivo Bagé
1953 - Grêmio Esportivo Bagé
1954 - Grêmio Esportivo Bagé
1955 - Grêmio Esportivo Bagé
1956 - Guarany Futebol Clube
1957 - Grêmio Esportivo Bagé
1958 - Guarany Futebol Clube
1959 - Não se sabe o campeão
1960 - Guarany Futebol Clube
1961 - Guarany Futebol Clube
1962 - Não Houve
1963 - Não Houve
1964 - Guarany Futebol Clube
1965 - Guarany Futebol Clube
1966 - Guarany Futebol Clube
1967 - Não Houve
1968 - Não Houve
1969 - Guarany Futebol Clube
1970 - Guarany Futebol Clube
1971 - Guarany Futebol Clube
Grêmio Esportivo Bagé (1)
1972 - Não Houve
1973 - Não Houve
1974 - Não Houve
1975 - Grêmio Esportivo Bagé
1976 - Grêmio Esportivo Bagé

(1) Não houve decisão. Os dois terminaram empatados e foram declarados campeões.


Citadino de Rio Grande:
1913 -
1914 - Sport Club Rio Grande
1915 -
1916 - Sport Club São Paulo
1917 -
1918 - Sport Club São Paulo
1919 - Sport Club Rio Grande
1920 - Sport Club São Paulo
1921 - Football Club Riograndense
1922 - Sport Club Rio Grande
1923 -
1924 -
1925 - Grêmio Atlético Militar General Osório
1926 - Sport Club Rio Grande
1927 - Sport Club São Paulo
1928 - Sport Club São Paulo
1929 -
1930 -
1931 - Sport Club São Paulo
1932 - Sport Club São Paulo
1933 - Sport Club São Paulo
1934 - Sport Club Rio Grande
1935 - Sport Club São Paulo
1936 - Sport Club Rio Grande
1937 - Football Club Riograndense
1938 - Football Club Riograndense
1939 - Football Club Riograndense
1940 - Football Club Riograndense
1941 - Sport Club Rio Grande
1942 - Sport Club Rio Grande
1943 - Sport Club São Paulo
1944 - Sport Club Rio Grande
1945 - Sport Club São Paulo
1946 - Football Club Riograndense
1947 - Football Club Riograndense
1948 - Football Club Riograndense
1949 - Sport Club Rio Grande
1950 - Football Club Riograndense
1951 - Sport Club Rio Grande
1952 - Sport Club São Paulo
1953 -
1954 - Sport Club São Paulo
1955 -
1956 -
1957 - Football Club Riograndense
1958 - Sport Club São Paulo
1959 - Sport Club São Paulo
1960 - Football Club Riograndense
1961 - Sport Club Rio Grande
1962 - Sport Club Rio Grande
1963 -
1964 - Sport Club Rio Grande
1965 - Sport Club Rio Grande
1966 - Sport Club São Paulo
1967 - Sport Club São Paulo
1968 - Sport Club São Paulo
1969 - Sport Club São Paulo
1970 - Sport Club São Paulo
1971 - Sport Club São Paulo
1972 -
1973 - Sport Club São Paulo
1980 - Sport Club São Paulo
1987 - Sport Club São Paulo


Fotos:
Ba-Gua em 2006, realizado excepcionalmente no Estádio Passo D'areia (jornal Zero Hora)

O valor da Copa Sulamericana

No dia 27 de setembro de 2006, escrevi aqui no Puro Futebol sobre a importância da Copa Sulamericana. Cito a data porque até então, nem Inter nem Grêmio haviam vencido a competição. Agora como o Inter venceu, as análises se tornam tendenciosas em virtude da rivalidade, o que é normal, e o inverso também aconteceria se o Grêmio tivesse vencido.

Como sempre fui um entusiasta da Copa, escrevo em defesa da competição, não por que A ou B venceu, mas porque agora o assunto é mais pertinente e atual.

Um dos argumentos usados para diminuir a Copa, é que ela não leva a lugar nenhum. Um tremendo "vício de origem" presente neste argumento. Temos exemplos de competições que "não levam a lugar nenhum" e isto não é um fato que torne a conquista menor. Peguemos dois extremos: Gauchão e Mundial Interclubes não levam a lugar nenhum, em fria análise. No caso do Gauchão, mesmo considerando vaga à Copa do Brasil, o vice também conquista a vaga. No caso do Mundial, não lugar a ir mais além. E ambos, guardadas todas a proporções, são valorizados de acordo com suas grandezas. Ou seja, uma bobagem enorme exigir que um torneio tenha que levar a algo, necessariamente. Se um torneio é bom (lucrativo, exposição positiva, etc) pode sim, esgotar-se na própria conquista.

De outra forma, alguns torcedores comparam a participação na Libertadores com algo muito maior que a conquista da Sulamericana. O porém é que essa participação na Libertadores, só é maior que um título da Sulamericana, se a presença na Libertadores for exitosa. O próprio Inter, com a participação pífia de 2007, jamais trocaria aquela simples participação pelo título deste ano.

Em termos financeiros, as premiações são bastante interessantes, podendo ser ampliada com a conquista do torneio contra o Campeão japonês. Nesta conta também entram as cotas da televisão, o aumento nas vendas de artigos do clube, aumento do número de sócios (ou no mínimo a manutenção dos atuais), e quando há ingressos a serem vendidos, lucros de bilheteria.

Na parte de divulgação da - palavra da moda - "marca do clube", é também muito vantajoso. Desde as semi-finais, as partidas são transmitidas para mais de 60 países ( e isso não é pouco). Sites do mundo inteiro divulgando partidas e principalmente o campeão, não só nos dias de jogos mas nos dias que antecedem as decisões.

No futuro, fica para o clube, uma partida no Japão (mercado muito cobiçado pelos grandes clubes brasileiros), a manutenção de um ciclo de decisões internacionais, a certeza de já estar envolvido e em exposição em outra decisão internacional através da Recopa (com mais plata entrando e mídia) do ano seguinte, além, obviamente, do próprio caneco armazenado na sala de troféus.

Subjetivamente ainda tem a auto-estima da torcida engrandecida, o entusiasmo, diminuição da pressão por grandes títulos, maior poder de negociação junto aos patrocinadores (atuais e futuros), e por aí vai.

Já vi gente escrevendo que a Sulamericana já foi ganha por equipes de menor expressão (Cienciano e Arsenal), e na hora de argumentarem, citam tais equipes ( e eu estou citando novamente), mostrando justamente a fragilidade do argumento: só citam estas equipes exatamente por terem vencido a Sulamericana, de outra forma não estariam sendo citadas. Isto mostra que há valorização do clube, tenha o tamanho que tiver.

No site da Fifa (
via Clic RBS), a competição é tratada como similar a Copa da UEFA. No site da Conmebol, a entidade coloca Inter e Boca como os maiores campeões da América do Sul. Em fóruns pela Argentina e Brasil, o Inter é comentado e elogiado. Não há como negar a importância da Copa Sulamericana, que mesmo menor que a Libertadores, é o segundo torneio em importância do continente. E a final deste ano só fez valorizar esta Copa. A mística da grande final, o jogo tenso, entrega total das equipes, prorrogação, o gol dramático do título e a consagração.

É certo que a rivalidade tem muito a ver com essa tentativa de depreciação, o que é normal, só não dá pra emburrecer por isto.

Talvez a conquista do Inter acelere o envolvimento dos clubes brasileiros na Copa Sulamericana, o que seria bom, principalmente para os clubes.
E mesmo que todos os argumentos acima não sejam suficientemente convincentes, lembrem de como os brasileiros tratavam a Libertadores até os anos 80. Depois que foram correr atrás, quando outras equipes (argentinas e uruguaias) já empilhavam títulos. A Sulamericana, principalmente se manter o critério técnico de classificação, diminuir o número de vagas por país e já começar em fases de grupos internacionais, seguirá o mesmo caminho da Libertadores. Será primeiro conquistada várias vezes por times estrangeiros (a Argentina já possui 4), até que os clubes brasileiros resolvam parar de rasgar dinheiro e prestígio.


Foto: Jornal O Estado de São Paulo (www.estadao.com.br)
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