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Y se dicen hinchas...

Aconteceu em Rosário, Argentina. Depois de 14 anos de administração de Eduardo López, agora ex-presidente do Newell’s Old Boys, o novo presidente encontrou um clube quase que, literalmente, em ruínas.
As frase de Guillermo Lorente (presidente empossado) é ilustrativa:
“Newell's parece Kosovo”.

Novos presidentes encontrarem situações desalentadoras quando da posse em clubes é fato corriqueiro. Mas o que chama atenção nesta notícia, é que a barra-brava leprosa participou de saques nas duas sedes do clube, Bella Vista e Malvinas (onde abrigam as categorias de base), após a vitória do grupo de Guillermo Lorente. Segundo o jornal Olé, a barra possui ligação com o ex-presidente do clube.

Na madrugada de segunda-feira, três caminhões estacionaram em frente à sede da Bella Vista, com alguns integrantes da barra. Saquearam de tudo: computadores, material de escritório, uniformes do time (que já estão sendo vendidos em bairros de Rosário, segundo a notícia), bolas de futebol, ventiladores, máquinas de escrever, refrigeradores de ar, 10 câmeras de seguranças, material de treinamento, entre outras coisas.

Não satisfeitos, foram até a sede onde treinam as categorias de base do clube, e de lá também furtaram material esportivo, inclusive as roupas das crianças que lá jogam (palavras do Olé: “¡Se llevaron hasta la ropa de los chicos!”).

Administrativamente há outros danos, como sumiço de livros de contabilidade, dinheiro e outros itens que tratam da organização do clube. Outro exemplo: o Newell’s não recebia energia elétrica da companhia de luz por estar há anos sem pagar. A energia elétrica vinha de geradores próprios que...também foram roubados. Mas o que mais espanta, volto no tema, é a atitude deste grupo de barras.

E não parou no saque: partiram pra depredação do próprio clube. O busto do fundador do clube foi destruído, os troféus foram achados amontoados em um canto, além de muitos vidros quebrados, tudo contra a sede.

Este lamentável episódio (e é lamentável, sim, não é ser “politicamente correto”, ou um discurso clichê, achar isto lastimável) serve para desmistificar algumas quase “lendas urbanas” sobre barra-bravas que circulam por aqui. Se por um lado é certo que existe uma característica argentina de um apoio que algumas vezes parece incondicional, por outro lado tem alguns pseudo-torcedores que estão ali por interesse financeiro, e que há muito tempo deixaram de serem torcedores, e sim parasitas do clube, pouco lhes importando a situação do time, a não ser quando esta reflete diretamente nos seus ganhos.

Que isto ocorre em qualquer lugar do mundo, é fato sabido, mas no caso argentino a referência que se faz é com alguns mitos que se criaram aqui no Brasil sobre a atuação destas facções, como se tudo fosse por amor ao clube. Infelizmente não é assim, o resto é apenas uma visão romântica de quem só vê o belo espetáculo dentro do estádio. Em alguns casos, o preço é altíssimo, como este que o Newell’s está pagando.

No Brasil, Argentina, Uruguai ou em qualquer lugar do mundo, quando a paixão é substituída por dinheiro, a coisa muda de figura. Porque ninguém há de dizer que destruir o busto do fundador do clube é um ato de paixão, ou um “manifesto político”. Não há crise, oposição à presidência ou qualquer insatisfação que faça um verdadeiro torcedor atentar contra a história de seu clube. Torcedor. ‘’Profissionais’’ são bem diferentes.


O título desta postagem é a legenda da foto publicada pelo Olé.


Fonte e foto: Diário Olé:
http://www.ole.clarin.com/notas/2008/12/19/futbollocal/01825205.html

http://www.ole.clarin.com/notas/2008/12/16/futbollocal/01822990.html

Guerra em Mataderos

Ontem decidiam uma vaga na Primeira Divisão argentina, Nueva Chicago e Tigres. O Nueva Chicago lutava por sua manutenção na primeira divisão e o Tigre pelo acesso (faz 27 anos desde a última participação do Tigre na primeira divisão).

Em campo, o jogo caminhava para o final, com 2 x 1 para o Tigre, que lhe dava a vaga e rebaixava o Nueva Chicago, quando é marcado um pênalti para o Tigre, que sacramentaria o desfecho da partida.

A partir daí, torcedores do Nueva Chicago (mandante da partida) invadem o campo e começam a agredir os cerca de 3.500 torcedores do Tigre, que não tiveram tempo de comemorar o desejado acesso à primeira divisão. A violência se mostrou com arremessos de paus, pedras, placas publicitárias e qualquer objeto mais contundente.

Se observarem o vídeo postado logo aí abaixo, verão cenas lamentáveis, pois além da briga entre torcidas, a torcida do Tigre ficou encurralada num canto do estádio, enquanto era alvejada por paus e pedras, arremessados por torcedores do Nueva Chicago que se encontravam dentro do campo. Entre a torcida do Tigre nota-se que há mulheres e crianças, que nada podem fazer para se proteger e fugir das pedradas, a não ser levantar o casaco e tentar cobrir a cabeça.
Os policiais pouco fazem (segundo reportagem do Clarín eram 350, mas pareciam menos, pelo menos no foco da confusão), e se observarem no vídeo, em certo momento parte da torcida do N. Chicago que invadiu o campo sai em disparada para o sentido inverso da confusão, e começa a sair do campo. Infelizmente saiam não por terem sido expulsos pelos policiais, mas sim porque observavam que os torcedores do Tigres começavam a conseguir abandonar as arquibancadas, e o objetivo dos que correram de dentro do campo, ao que parece, era continuar a briga fora do estádio, o que acabou ocorrendo.

O saldo futebolístico foi a queda do Nueva Chicago para a B e o acesso do Tigre para a A no argentino.

O saldo da violência, além de demonstrar despreparo da polícia lá presente, foi de 14 feridos e 78 detidos.
A nota mais trágica do ocorrido foi a morte de um torcedor do Tigre, de 41 anos, por traumatismo craniano, por causa de uma pedrada.
Mas pelas imagens da batalha campal de ontem e que se seguiu pelas ruas, pode-se dizer que poderia ter muito pior, como em outras tragédias.

O jornal Olé descreve no trecho final de sua reportagem:

"Desde la platea se escuchaban estallar los vidrios de de los autos; las narices y ojos picaban cuando el viento arrimaba los resabios del gas lacrimógeno disperso afuera, y un humo negro se veía a lo lejos: en Corrales y Cárdenas uno de los micros ardía en llamas. El resto de la caravana de Tigre era apedreada en Gral. Paz y Corrales, donde la batalla fue feroz. Tanto que el tránsito de la avenida se frenó por completo cuando la gente cruzaba, con cascotes en sus manos.
Sangre y muerte.
Todo está en manos del Juzgado de Instrucción Nº 2, a cargo del juez Omar Aníbal Peralta. Quedó la tragedia..."

Fontes:
http://www.clarin.com/diario/2007/06/25/um/m-01445126.htm
http://www.ole.com.ar/notas/2007/06/26/01445435.html


O sujeito da foto é Rafael di Zeo, líder da barra-brava do Boca Juniors. Coloquei esta foto de rosto, quase uma 3 x 4, porque ao se falar em chefe de torcida, muitos imaginam uma pessoa com menos anos de idade. Di Zeo já vê a "geada branqueando o cerro" de sua cabeça.

Em várias postagens aqui do blog foi retratado como funcionam as barras, e vão muito além de uma torcida comum, para o bem ou para o mal. Há casos de violência (corriqueiros), acusações de extorsão, e inclusive certa e relativa gerência sobre as coisas do clube.

Mas acabei achando um vídeo, uma espécie de documentário, feito num dia de "superclássico" na Argentina.
Neste vídeo aparece Di Zeo em dia de jogo, o jogo era no Monumental de Nuñez (estádio do rival River Plate) e mostra desde a "organização" para tomarem os ônibus ( os micros ), entrada no estádio, até a volta para a Boca.

Nada de impressionante, mas a trabalheira que tem Di Zeo para organizar a coisa toda chama a atenção. Ele é acusado de receber muita grana por estar chefiando a barra do clube mais popular da Argentina, e a acusação é recorrente a todos os cappos de torcidas argentinas. Dizem que vivem disto. Não posso opinar sobre o que não conheço, mas o trabalho dele é digno de um gerente de uma empresa. Chama a atenção, no início do vídeo, os métodos utilizados por Di Zeo para fazer cumprir o cronograma (observem como ele "organiza" a entrada nos ônibus...mais para o final do vídeo ele explica que é normal, pois pedindo educadamente ninguém dá atenção). Tudo passa por ele, desde a entrada nos micros, a entrada no estádio, as tratativas com a polícia, a entrada de instrumentos, a próxima música que será cantada e até a distribuição de refrigerante no intervalo.

Também não é novidade a grande influência que têm estes chefes de torcida na Argentina.
Como exemplo disto, nestes dias Rafael Di Zeo está preso, com alguns membros de La 12. E hoje, para terem uma idéia, recebeu a visita de três jogadores do Boca: Palermo, Palacio e Migliore.

A visita causou espécie no presídio, inclusive com carcereiros pedindo autógrafos para as estrelas do Boca.
Di Zeo foi presenteado com roupas e sapatos de uma "marca famosa", segundo o Diário Olé, e abriu-se até uma exceção, pois quinta-feira não é o dia convencionado para a visitação.

Isto mostra a influência do chefe da barra do Boca. Influência que parece não irá acabar tão cedo. E de tudo que possa se falar de Di Zeo, ninguém pode negar a habilidade em lidar com a imprensa, de certa forma carismático.

Outro destaque do vídeo é a narração do segundo gol do River, muito boa.

De qualquer maneira, independente de opiniões, a música, o ambiente, tudo...é muito interessante. O futebol é inexplicável.



Mas assistam ao vídeo, alguns talvez já tenham visto, já que não é novo, mas é muito peculiar.


Foto: www.26noticias.com.ar
Matéria da visita à cadeia: Diário Olé
Vídeo: se alguém souber a autoria (fala, Maxi!), poste nos comentários.

Libertadores 2007

Após um pequeno recesso do computador (e não meu), retornamos ao Puro Futebol.
Esperamos voltar às postagens diárias (ou quase).
E já com a Libertadores definida, em termos de participantes.








Grupos definidos:

Grupo 1: El Nacional, América, Libertad e Banfield
Grupo 2: Audax Italiano, São Paulo,Alianza Lima e Necaxa
Grupo 3: Cúcuta,Tolima,Cerro Porteño e Grêmio
Grupo 4: Emelec, Vélez Sarsfield,Nacional e Internacional
Grupo 5: Real Potosí,Flamengo,Unión Maracaibo e Paraná
Grupo 6: Caracas, LDU,Colo Colo e River Plate
Grupo 7: Bolívar,Boca Juniors,Cienciano e Toluca
Grupo 8: Defensor,Gimnasia,Deportivo Pasto e Santos

Primeira rodada (para os que estréiam até o dia 21/2)

13/2 - 20h - Defensor x Gimnasia (em Montevidéu)
13/2 - 20h15 - Cúcuta x Tolima (em Cúcuta)
14/2 - 0h30 - Emelec x Vélez Sarsfield (em Quito)

14/2 - 19h30 - Bolívar x Boca Juniors (em La Paz)
14/2 - 21h45 - Real Potosí x Flamengo (em Potosí)

14/2 - 21h45 - Audax Italiano x São Paulo (em Santiago)
15/2 -21h30 - Unión Maracaibo x Paraná (em Maracaibo)
15/2 - 22h45 - Cerro Porteño x Grêmio (em Assunção)
20/2 - 20h15 - El Nacional x América (em Quito)
20/2 -22h30 - Libertad x Banfield (em Assunção)
21/2 - 21h45 - Nacional x Internacional (em Montevidéu)

Então hoje à noite, já termos o início da Copa Libertadores da América (da chamada "2ª fase"). Entre os dois jogos de hoje, assistirei Defensor e Gimnasia, depois comento por aqui.


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Como fiquei estes dias sem postar, lembro que o Clausura argentino já começou. Após o começo de ano mais favorável ao River Plate, que venceu o Torneio de Verão de La Plata e mais a "revanche" contra o Boca Juniors (nos pênaltis), River, Boca, Estudiantes e San Lorenzo estreiaram com vitória. A dupla de Avallaneda obteve apenas um empate (Racing).
E já que falamos de Campeonato Argentino, para não perder o costume, com a voltas dos jogos, voltam os barras.
A barra do Quilmes, que enfrentaria o Estudiantes hoje, para exigir ingressos e dinheiro (segundo o Diário Olé), pichou a frente da sede do clube e realizou mais algumas depredações. O presidente do Quilmes declarou:
"Isto demonstra o quão enfermos estamos os argentinos neste tipo de coisas. Picharam paredes para pedir coisas que poderiam pedir pessoalmente e não assim, tão anônima e covardemente".

O Estudiantes venceu a partida por 2 a 0.

No domingo, antes do jogo entre River Plate e Lanús, uma briga interna entre Los Borrachos del Tablón, resultou em pancadaria e até tiros. Um dos participantes acabou ferido na perna. O motivo é a disputa pela liderança da barra, entre dois líderes e além disso, uma questão sobre divisão de dinheiro, que não teria se repartido conforme o combinado. Os enfrentamentos internos estariam ocorrendo já há alguns meses. Na realidade, o direito de admissão[¹], acabou afastando de dentro do estádio um dos líderes, que assim perde terreno, e na partida de domingo, voltava para seu "posto" e lá já havia o líder do outro grupo. O clube até agora preferiu não se pronunciar de maneira mais efetiva, até que "apurem-se os fatos".


[1] medida utilizada na Argentina que dá ao clube mandante o direito de não permitir a entrada nas partidas de torcedores com passagens policiais por atos de violência nos estádios.

A matéria completa (em espanhol), aqui .


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Fotos: Diário Olé e Site Oficial do Defensor (Uruguay)

Expresso da Bola & Foreign Fields

O programa Expresso da Bola, apresentado pelo repórter Décio Lopes, passa no Sportv (canal 39, NET). Hoje assisti o programa visitando o Uruguai, e tentando mostrar alguns fatores que contribuiram para a decadência do futebol uruguaio, tanto seleção como clubes, em termos de conquistas.

O programa é excelente (reprisará, entre outros horários, neste domingo à 8h e 30min), e trata da parte cultural envolvida no futebol e neste programa específico, mostra as mazelas que passa o futebol cisplatino. Há entrevistas com ex-jogadores, treinadores e jornalistas uruguaios também.

Uma das coisas que chama atenção, é o estado em que se encontram os centros de treinamentos dos grandes Peñarol e Nacional. O do Peñarol é um pouco melhor, mas deixa muito a desejar em comparação aos times de ponta brasileiros, por exemplo. Estão naquele esquema: "tudo bem pintadinho", bem cuidado, etc, mas observando as condições de infra-estrutura mesmo, nota-se que eles pararam no tempo. São CT's de times pequenos, que não condizem com a grandeza de Peñarol e Nacional.
Um outro problema é semelhante ao nosso, que é o êxodo dos melhores jogadores, mas com um país de apenas 3 milhões de habitantes, nem os "exportados" são grandes destaques tecnicamente.

O programa mostra também a relativa ascensão do Danúbio, e a curiosidade é que existem 3 jogadores gaúchos por lá. Um deles, zagueirão de 1,95 de Santana do Livramento, já há 7 anos por lá, que virou o "xerife" e líder da equipe e também o ex-Brasil de Pelotas, Marcos Tora (meio-campista). O time está investindo nas categorias de base, e começa a colher os primeiros resultados, com um título uruguaio e neste ano participará da fase "pré-Libertadores", enfrantando o Vélez Sarsfield. O vencedor entrará no grupo do Inter.

E o documentário retrata também a economia uruguaia e a cultura "futebolera" de lá. Vale a pena assistir, excelentes imagens da capital Montevidéu, e um ótimo texto de Décio Lopes.

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Ainda sobre documentários, o leitor Froner indicou aí na caixa de recados ao lado , o documentário da BBC "Foreign Fields", que trata sobre a violência nos estádios pelo mundo. Assisti apenas a primeira parte, estou carregando as outras, mas já me apresso em indicar mesmo assim. Muito bom o documentário, e na primeira parte aparecem as torcidas italianas e argentinas, com entrevistas de torcedores (Rafa di Zeo), Di Canio (jogador da Lazio) e inclusive uma com "el Dié", Maradona. Vale a pena assistir também, só pela primeira parte dá pra ver que tem tudo o que não tinha no outro documentário que comentei aqui ontem. Após assistir todo, coementarei aqui, mas só pela primeira parte, nota 10, muito bom mesmo.
Abaixo os links do Youtube para quem quiser ver (é em inglês e sem legendas em português). O Froner, que já assistiu todo, pode comentar aí pro pessoal ter mais uma idéia do documentário.
Valeu pela dica, Froner!

(os trechos são de aproximadamente 10 minutos cada um)

Primeira Parte
Segunda Parte
Terceira Parte
Quarta Parte
Quinta Parte
Sexta Parte

Guerra de Torcidas

Ainda sobre filmes de torcedores de futebol, um que assisti e não gostei foi o Guerra de Torcidas (Hooligans e Thugs: Soccer´s Most Violent Fan Fights). Na realidade o filme é um documentário, feito (quer dizer, editado) em 2005, mas com imagens bem antigas de ultras italianos (na maior parte das cenas) envolvidos em distúrbios. Mais para o final do filme, as cenas são de torcedores ingleses, e alguns holandeses.

A idéia, apesar de não ser muito original, até que não é ruim. O problema é que o pessoal parece que não quis ter muito trabalho e também não entendem de torcidas.

O resultado é que o documentário é um apanhado de imagens amadoras, jogadas de forma desorganizada no filme. Quase não há informações sobre as torcidas envolvidas, passando a nítida impressão que o texto foi feito por alguém estranho ao futebol. As cenas são antigas e também não são informadas as datas, apenas quando aparece na gravação devido à filmadora amadora (a maioria é de meados de 90).
A locução é bem parecida (quanto ao conteúdo, ou falta dele) com as dos programas do tipo "Vídeos Incríveis" ou dos vídeos que o Sílvio Santos passava nos tempos do programa "Tentação".

Na capa (nesta daí de cima não aparece, mas no DVD que aluguei tinha) em destaque aparece: "comentários de José Trajano"(ESPN Brasil). Bem, realmente Trajano comenta, mas não sobre o que está aparecendo no filme, e sim um papo sobre violência de torcedores, bem genérico.
E não sei onde gravaram o áudio, mas parece que o Trajano está sentado no seu banheiro, com um eco de fazer inveja a muitos vídeos amadores.

Além disso, para completar os 65 minutos do filme, os caras deixam rodando longas "picuinhas" entre meia dúzia de torcedores, que se arrastam por vários minutos. Tem alguma ou outra cena mais bizarra, mas poucas. Resumo da história: eu estava torcendo que acabasse duma vez.

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A imagem do garoto da capa do filme fez sucesso aqui no Brasil, porque o pessoal usava a foto dele em montagens com camisetas de vários times brasileiros, nos avatares de fóruns e no Orkut.

Portões Fechados

A partida entre Racing e San Lorenzo que deixou de ser realizada no domingo passado, em razão das atitudes de grupos de torcedores de ambas as equipes, que impediram o deslocamento dos times até o estádio em La Plata, foi remarcado para quarta-feira, dia 29.

Apesar da forte manifestação das torcidas que queriam ir ao estádio, ignorando a determinação da AFA (que puniu o Racing por distúrbios no clássico contra o Independiente), está confirmado que a partida se realizará de portões fechados mesmo.

Foto: Diário Olé (Argentina)

Testemunho de Peso

O sujeito da foto ao lado é Andrés Ducatenzeiler, ex-presidente do Independiente (2002 e 2004), e ex-membro do Comitê Executivo da AFA.

Em meio a toda esta turbulência e quase anarquia que passa o Apertura e, por conseguinte o futebol argentino, Ducatenzeiler, que já se retirou do futebol, concedeu deu uma esclarecedora entrevista ao Diário Perfil da Argentina. Falou sobre várias coisas que ocorrem nos bastidores do futebol portenho. Segundo o jornal, o Independiente, clube que Ducatenzeiler presidiu, é historicamente o clube mais ligado ao atual presidente da AFA, Julio Grondona.
A entrevista ainda repercute na Argentina.

Como seguidamente escrevo aqui sobre as barras e algumas curiosidades extracampo na Argentina, a entrevista dá alguns esclarecimentos sobre coisas que vêm ocorrendo por lá.
Abaixo, algumas das questões respondidas por ele:



Qual é a relação entre os barrabravas e os clubes?


Não diria barrabravas. Para mim é a torcida, porque se não a barra termina sendo uns poucos. Viu-se isso na partida do Racing outro dia: aplicaram o direito de admissão a 16 sujeitos que supostamente são delinqüentes, e enquanto no campo 300 brigavam com a policía, os outros milhares da arquibancada apoiavam, não diziam: “Parem, não façam distúrbios”. Por isso, o nome barrabrava não me agrada (...).
Por que se disse que os torcedores de Gimnasia pressionaram a seus jogadores para que dessem para trás (na partida contra o Boca)? Porque entenderam que outro clube pedia a seus jogadores que por mais dinheiro ganhem uma partida, quando antes, e contra seu rival histórico, tomaram sete gols.Isso o torcedor sente. Não justifica, mas o entendo.

Mas dentro da torcida, a barra não tem um vínculo diferente com o clube?
Sim, são os representantes da torcida. Nunca ouvi um torcedor do Boca dizer que (Rafael) Di Zeo não o representa. E isso lhe dá poder, domínio e uma relativa condição econômica que ele usa para sentar-se à mesa de discussão. Não estão na direção do clube, mas para tomar uma decisão que tenha a ver com a torcida do Boca, se fala com Di Zeo, porque ele move 1.500, 2.000 pessoas. No futebol, com 2.000 pessoas ganha-se uma eleição em qualquer clube, e Di Zeo tem 2.000 pessoas que por sua vez são representantes de outras 10 mil, porque se não o segundo piso do estádio do Boca não estaria cheio. As pessoas escolhem ir onde está La 12. Isto está claro. Gostemos ou não. Na década de 80, o chefe da torcida do Independiente,o Gallego, assinava autógrafos. Ias a um estádio como visitante e não te agrediam nem te roubavam, porque esse tipo com outros te defendia e cuidava melhor que a polícia. Assim foi se criando um grupo de poder. Depois, se deram conta de que o futebol é um enorme negócio onde os espertos encheram-se de dinheiro e o torcedor, como acontece hoje, não pode ir ao estádio, e decidiram fazer parte deste negócio, para que os torcedores que representam a maioria tenham certos privilégios: não pagar entrada, transporte gratuito até os estádios e também conexões políticas que depois lhes dão possibilidades de trabalho.

A barra tem seu próprio orçamento?
"É um orçamento já estabelecido. Por exemplo, se há uma partida da Copa Sul-americana está contabilizado nos gastos para a equipe. Vão viajar 50 pessoas, há que conseguir passagens e os passaportes. A torcida funciona como um gasto a mais. É assim no futebol em geral, e não é um delito".

Arbitragem:
“As pessoas sabem que árbitro prejudica seu clube e qual não prejudica, e vai condicionada. Perguntem em qualquer clube” qual é o árbitro que te prejudica “ e os torcedores sabem, porque esse árbitro está escalado para dirigir determinado clube. Por que têm árbitros que, apenas ao entrar num campo, 50 mil lhe insultam? A AFA não sabe? Para que os colocam? (...)

(...)Daniel Giménez voltou a dirigir Boca-Gimnasia (partida interrompida em La Plata). Ele havia dito que não seguiria porque o ameaçaram de morte! Há que entender que Grondona (presidente da AFA) tirou o técnico da equipe que ia sair campeã (Boca Juniors). Imagine se depois não saísse! Que aconteceria? Boca tem que sair campeão porque lhe tiraram (a AFA) o técnico? Estou fantasiando, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Por que o presidente do River não pode falar e fala (Daniel) Passarella? Por que a (José María) Aguilar(presidente do River) lhe salvaram as finanças com empréstimos da AFA? Em um futebol normal, o presidente do River, depois de Boca-Gimnasia, não iria falar? Não é difícil conferir: vá na AFA, onde ninguém pode entrar, pegue os livros e vai ver que nas faturas de conta correntes há um empréstimo de dois milhões e meio para o River, justo no momento de fechar contas. Lá Aguilar começa a perder. E tudo é legal, ninguém fala de ilícitos, mas assim manobram".

Sobre a polícia:
"Um policial cobra muito mais por cobrir uma partida do que por trabalhar de vigilante. Em minha época, o extra que recebiam por cobrir cinco horas de partida eram três dias de trabalho. Assim, as torcidas para enfrentarem-se esperavam que se terminasse o horário policial, porque depois a polícia já não cobria o serviço".

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A entrevista prossegue com acusações bastante graves contra o atual presidente da AFA, outros por menores das torcidas, acusações em relação aos contratos da seleção Argentina, entre outras mutretas na manipulação de alguns resultados. É bem interessante e vale a leitura. Não publico completa aqui por que, além da minha tradução estar longe de ser das melhores, por ser bem extensa poderia se tornar muito enfadonho para quem não acompanha o que tem ocorrido no futebol argentino fora de campo.

Leia a entrevista completa aqui.


Fonte: Diário Perfil

Foto1: Diário Perfil
Foto2: 26 Notícias
Foto3: Ambito Web

Argentino: 3 rodadas e muita confusão

Restam três rodadas para o término do Apertura argentino.
Agora a pouco o Boca Juniors venceu ao Gimnasia de Jujuy (em Jujuy) por 2 x 1 e manteve a confortável vantagem sobre Estudiantes e River,que também venceram seus jogos. O Estudiantes (2º) foi a Rosário e bateu o Newell's por 2 x 1, mantendo a segunda colocação. Apesar de jogar pressionado por já saber do resultado positivo do Estudiantes, o time de La Volpe conseguiu impor sua necessidade de vitória, e assim se aproxima cada vez mais do título.



Já o River Plate (3º) venceu em Nuñez ao Gimnasia La Plata, por 2 x 0. Sim, o mesmo Gimnasia que supostamente entregou o jogo para o Boca devido à ameaças . Segundo o Diário Olé da Argentina, o clima partida era de quase um amistoso, no sentido de que não havia muito em jogo. Mas não em relação ao adversário e o técnico do Gimnasia, que não foram poupados nos cantos da torcida millonária, em virtude dos fatos de La Plata frente ao Boca.




Mas o destaque da rodada, mais uma vez é negativo e praticado por torcedores. O Racing jogaria em La Plata, com portões fechados (por causa dos incidentes no clássico contra o Independiente). Seria o primeiro jogo da história do campeonato argentino sem a presença de torcedores.
Ocorreu que torcedores de Racing e San Lorenzo (a equipe com quem jogaria o Racing) foram até as concentrações das equipes horas antes da partida. No caso do Racing, em torno de 50 torcedores impediram a saída do ônibus da equipe, aos gritos de "sem torcida não se joga". Na concentração do San Lorenzo, o número de torcedores era maior, e simplesmente passaram o cadeado no portão por onde deveria sair o ônibus do time. Os jogadores do San Lorenzo, após uma hora dentro do ônibus acabaram tendo que descer.

Apesar da chegada da polícia, a partida acabou cancelada. Por motivos de falta de segurança e também pelo horário, que já ia adiantado.
Nas outras partidas, muita incerteza. Alguns jogadores não queriam jogar em solidariedade aos colegas de Racing e San Lorenzo. Acabaram jogando. Mas a confusão já está mais que estabelecida. Passarella voltou a declarar que "o campeonato carece de seriedade".


Classificação:

1º Boca................41
2º Estudiantes......37
3º River...............34
4º Arsenal............31
5º Vélez...............28


Fontes: Diário Olé e La Nación
Fotos: todas do Olé, com exceção da última (La Nación)

Apertura Argentino

O destaque na Argentina ainda segue sendo o incidente entre jogadores do Gimnasia (La Plata) e a barra brava do próprio time. O caso ocorreu no meio da semana, quando o Gimnasia ia jogar contra o Boca Juniors o restante de uma partida interrompida anteriormente.
Acontece que o Gimnasia não almeja mais o título, e o Estudiantes (rival da mesma cidade do Gimnasia, La Plata) seria beneficiado na tabela em caso de vitória da equipe, já que é vice-líder.
Para que uma vitória do próprio clube (Gimnasia) não favorecesse ao rival Estudiantes, torcedores "barra-bravas" foram até a concentração da equipe antes do jogo contra o Boca e os ameaçaram em caso de vitória. Foram armados, inclusive. A pressão surtiu resultado e o Gimnasia acabou sendo goleado, jogando apaticamente.


O assunto ainda segue repercutindo, e os jogadores demonstram muito medo em falar sobre o assunto, tanto com a imprensa, tanto com as autoridades. A coisa é bem séria e as ameaças continuam, agora para que os jogadores não falem tudo sobre o fato.

Como a partida foi decisiva para esta vantagem do Boca, e com toda esta situação extra-campo, já falaram até em suspensão do campeonato até que se esclareça o ocorrido em La Plata. Mas não parece provável.

Pelo lado do River, jogadores e o técnico Daniel Passarella também reclamam que Gimnasia e Boca se jogou no pior momento possível, que a partida deveria ter sido realizada antes. Como a derrota do Gimnasia ocorreu entre todos estes fatos, a acusação é que uma importante partida do campeonato, foi decidida de maneira escusa, fora de campo.

Dentro de campo, o destaque da rodada foi a vitória do Independiente sobre o rival Racing, por dois a zero. O Boca (agora com o mesmo número de jogos que os outros 4 primeiros colocados) abre distância na liderança.

Principais resultados da 15ª rodada:

Banfield 1 x 2 Arsenal
Estudiantes 3 x 1 River

Gimnasia 0 x 3 Vélez
Independiente 2 x 0 Racing
Boca 3 x 1 Quilmes
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Classificação:

1º Boca Juniors................38
2º Estudiantes.................34
3º River............................31
4º Arsenal........................28
5º Velez...........................25

Fonte: Diário Olé

Reportagem sobre as barras gaúchas

A Zero Hora deste domingo traz uma reportagem sobre as torcidas Geral do Grêmio e Popular do Inter. Pra quem não é do RS e não está familiarizado com as torcidas, elas se intitulam "movimentos" não-organizados (não são instituições regulares) e os seus nomes são advindos dos setores do estádio onde se localizam. Têm um grande apelo junto aos torcedores mais jovens, e se propõem a cantar e apoiar o time o tempo inteiro, independente do placar ser favorável ou não.


Na reportagem da Zero Hora, que na verdade é uma série que vai até terça-feira, intitulada "No Rastro da Violência", o jornal procura mostrar os bastidores destas torcidas, os líderes e suas relações com os clubes.

Em suas páginas, a reportagem trata sobre acusações de favorecimento da Brigada Militar (em relação a materiais que entram em campo), reclamações das organizadas e outros supostos privilégios das barras, concedidos pelas direções dos clubes.

A matéria certamente irá dar o que falar. Na edição de segunda-feira, tratará sobre como funciona a conexão na internet, e justamente na internet já aparecem as primeiras manifestações contrárias ao que foi reportado. Nenhum torcedor participante das torcidas concorda com 100% do que foi publicado, e já começam aparecer "desmentidos" e broncas com o que foi publicado.

De toda maneira, acho que o assunto é merecedor de reportagem, sim (até este blog já teve uma tratativa fracassada de entrevista com o pessoal da Guarda Popular, via internet), pois trata diretamente de uma manifestação da cultura futebolística atual dos estádios gaúchos.

A de Inter e Grêmio são as maiores, mas o tipo de movimento já se alastra pelo Rio Grande do Sul, como por exemplo, nas torcidas de Juventude e Inter de Santa Maria, ainda que em números bem menores de participantes.

Neste sentido, a reportagem é mais que bem-vinda e muito bem feita. Quanto ao que ela descreve, e se existe diferença com a realidade não posso opinar, pois só o faria se soubesse da realidade do que acontece por lá. Outra coisa inegável é o grande interesse das torcidas de Grêmio e Internacional pelo assunto, mesmo para aqueles torcedores que não participam dos movimentos. Aguardemos mais repercussões e as próximas matérias.


Mas uma coisa é inegável: o assunto é fadado à polêmica, desde seu surgimento.

Fonte: Zero Hora (abaixo da primeira matéria há outros links para as demais reportagens sobre o assunto).

Papo x Tricolor

Na noite desta quarta se enfrentam no Alfredo Jaconi, Juventude e Grêmio. O Juventude foge de uma pequena chance de rebaixamento e o Grêmio busca ainda a vaga na Libertadores, e a recuperação das duas derrotas em casa, nas duas últimas rodadas.

Além disso, o jogo é considerado de alto risco pela Brigada Militar.




Medidas que serão tomadas pela BM:

- contingente reforçado por policiais de cidades próximas;
- implantação de uma cela no estádio (assim como ocorreu no Gre-Nal);
- ônibus da torcida gremista serão parados e depois escoltados até o estádio;
- gremistas serão conduzidos diretamente para um setor das arquibancadas do Jaconi;

Mas o intrigante da notícia é que, segundo a Brigada Militar, foi descorberto uma espécie de plano em que alguns integrantes da Geral do Grêmio pretendiam se infiltrar na torcida do Juventude para provocar confusões (brigas).

Eu fico curioso para saber como isso foi descoberto e principalmente, de que estratagemas iriam utilizar estes torcedores para provocarem brigas no meio da torcida adversária. Não deu pra entender direito, pelo menos eu não consegui.
Seria bom mais explicações sobre o caso, mas não encontrei fontes com as declarações da própria Brigada Militar, que seria o mais indicado.

Ainda segundo a reportagem do Terra Esportes, as torcidas já foram consideradas parceiras, mas hoje existe uma forte rivalidade entre elas.

Rumos estranhos, se isto for verdade.

Quem quiser ler a notícia original, clique
aqui .

Foto:
blog da Papada
Fonte: Terra Esportes

Alguns incidentes

Não foram tão impactantes como a fumaça negra do Gre-Nal passado, mas houveram alguns problemas na arquibancada e na saída do Olímpico.

Na arquibancada gremista uma pequena briga entre torcedores do Grêmio que logo foi contida pela Brigada.
Já na torcida do Inter alguns distúrbios com confronto entre Brigada e torcedores. Segundo a Brigada, torcedores colorados teriam quebrado banheiros e iriam jogar os pedaços dos sanitários no gramado.

Em outro conflito dentro da torcida do Inter, a Brigada utilizou
balas de borracha e bombas de efeito moral. Torcedores do Inter reclamaram bastante do tratamento por parte da Brigada Militar (em espaços na internet na noite deste domingo).



Segundo o programa Tele-domingo (RBS TV), existiu uma tentativa de atropelamento na saída do estádio.
Apesar disso, parece que da forma como foram as coisas hoje, acho que há poucas chances de o próximo Gre-Nal ter apenas a torcida mandante presente, como já tinha sido sugerido por algumas autoridades.

Fonte e foto: Terra Esportes

Agora é o Arsenal (Argentina)

E novamente o direito de admissão é utilizado por um clube argentino para se precaver de possíveis atos de violência. Desta vez é o Arsenal, próximo adversário do Boca Junior no Apertura. Como anteriormente, a lista possui nomes de 15 integrantes da "La 12", que terão que ficar de fora do estádio.
Parece que o Comitê de Segurança Desportiva está decidido a barrar torcedores envolvidos em distúrbios e por um bom tempo, e as medidas vêm sendo respeitadas até aqui. De outubro até agora, está já é a quarta partida em que o direito de admissão é utilizado.

O curioso na notícia do Diário Olé é a maneira como os líderes de La 12 (alguns na foto acima) lidam com o impedimento de ir ao estádio: almoçarão com a torcida (como sempre fazem em dias de jogos) prepararão a bateria, e depois monitorando pela televisão comandarão as ações. Por celular.

Apesar de considerarem a medida discriminatória, o advogado do líder da barra "La 12", disse que o cliente não entrará na justiça por não querer prejudicar o Boca.

Fonte: Diário Olé, através do leitor Maxi.

Batalha campal na Bolívia

Na Bolívia, a partida entre Ciclón e Destroyers se transformou em pancadaria generalizada.
A confusão começou porque a comissão técnica do Destroyers reclamou com a arbitragem, pois estavam atirando foguetes neles.
Daí um jogador do Ciclón se intrometeu, empurrando o técnico adversário, outro do Destroyers empurrou, e...
Acabou que invadiram o campo vários torcedores do Ciclón (segundo o Opinión da Bolívia, embriagados), para pegar os jogadores do Destroyers que iam se refugiar no vestiário.
Antes de sair, o goleiro reserva dos Destroyers ainda teve tempo de agredir um jogador do Ciclón com um pontapé no rosto, que caiu no chão, com o maxilar fraturado e três dentes perdidos.
Os torcedores utilizaram paus e pedras na perseguição e combate com os jogadores visitantes. A violência foi tanta que até jogadores do Ciclón (time local) ajudaram alguns jogadores visitantes a se safarem dos golpes, como o goleiro titular do Destroyers que apanhava em meio a um grupo de torcedores.

O juiz, apesar de estar entre alguns policiais, acabou apanhando um pouco também, e recebeu 12 pontos no rosto: -Temi não sair vivo, disse depois.

Já no vestiário, os jogadores do Destroyers não tiveram trégua, e após pedras e vidros quebrados, refugiaram-se na Escola de Polícia, cerca de algumas quadras do estádio.
Segundo o relato da imprensa, até as locuções de rádio foram interrompidas.

E mais essa: segundo um diretor do Ciclón, o juiz estava favorecendo os visitantes do Destroyer por estar claramente embriagado.

O que levaria a duas conclusões:
1. Se for verdade, pelo menos diminuiu o impacto dos golpes que o juiz sofreu.
2. Futebol e álcool na Bolívia são esportes indissociáveis.

Fontes:

Opinión (Bolívia)
D. Olé (Argentina)

Sadismo?

¿De qué te reís? É o que o Diário Olé da Argentina perguntou em sua manchete ao sujeito da foto ao lado. Ele é o subcomissário Pereyra, em meio à sua atuação durante o confronto contra a torcida do Newell's, no clássico deste final de semana em Rosário.

Pereyra estava atirando com balas de borrocha (o nome "bala de borracha" meio que atenua o forte impacto desse tipo de munição, mas causa bastante estrago) contra a torcida do Newell's (alguns haviam atirado pedras contra a torcida do Central).

Segundo a imprensa argentina, a reação dos policiais foi desproporcional e ineficiente, atingindo muitas pessoas que não estavam tumultuando.

Mas além do sorriso do sujeito da foto, a justificativa do 'Chefe de Ordem Pública', Eduardo Aucar, é quase mais insólita:
"Me disseram que é um oficial que sempre ri quando está nervoso."

Foto e fonte: Diário Olé (Argentina)

Rodada Argentino

O destaque da rodada do apertura argentino foi mais uma goleada em clássico. Desta vez, o Rosario Central, jogando no Gigante de Arroyto, fez 4 x 1 frente ao Newell's. Três a zero no primeiro tempo, com o Newell's descontando aos 3' do segundo, e o Central liquidaria a partida de pênalti, aos 34'.

Fora das quatro linhas, houve tumultos e desta vez, segundo o Diário Olé, a violência partiu da polícia, no final do primeiro tempo, transformando um pequeno tumulto em algo maior, porque começou a disparar balas de borracha contra toda torcida do Newell's, quando ne verdade eram poucos que estavam envolvidos no princípio de confusão.




No clássico entre River Plate e Independiente, ninguém marcou e ficaram no 0 x 0.
Mais uma vez, o direito de admissão foi assunto e alguns membros da barra dos "Los Borrachos del Tablón" não puderam ingressar nas arquibancadas. Eram quatro os integrantes do "LBDT" proibidos de entrar no estádio e um deles chegou a ir à Avellaneda acompanhado de um advogado, mas mesmo assim não foi permitido seu ingresso. Além dos quatro integrantes, outros quatro "barra-brava" do próprio Independiente também estavam barrados para a partida e efetivamente não estiveram assistindo o jogo. A polícia fez alguns integrantes das barras (foram mais ou menos 50), dizer seu nome e dados para câmeras que gravavam os depoimentos, como contra-prova de identificação.
O jogo foi realizado no "Cilindro" (estádio do rival Racing), pois o estádio do Independiente passa por reformas.


Já o Boca retornou à liderança na Bombonera lotada, venceu ao Argentinos Jrs.por 2 x 1, uma importante vitória, principalmente com o empate do River Plate. Os gols foram de Juan Krupoviesa para o Boca aos 40' do primeiro tempo, aos 27' do segundo Boselli ampliou , e aos 40' do segundo tempo Carrera descontou para o Argentino Jrs.
Três embolados na frente, mas o Boca tem duas partidas a menos.

Classificação:

1º Boca.......................28
2º Estudiantes..........28
3º River.....................28
4º Arsenal.................25
5º Vélez....................22


Foto 1: Diário de La Capital (Rosario)
Foto 2: Olé
O Bahia perdeu em casa por 2 x 0 diante do Ipatinga. A torcida revoltada com a derrota e com a situação do Bahia na Série C acabou invadindo o campo. A polícia agiu para conter os invasores que queriam bater nos jogadores do tricolor baiano. O saldo foi de 40 feridos, por bombas atiradas pelos policiais nas arquibancadas ou por pedaços de concreto utilizados por torcedores.

Na pesquisa que fiz no Google para procurar a foto para este post, acabei notando que não é fato muito raro invasão de torcedores do Bahia na Fonte Nova. Acho que vem pena pesada por aí, e possivelmente o Bahia não jogue mais na Fonte Nova na Série C deste ano.






Foto: Agência A Tarde

A moda pegou

Parece que as medidas do Comitê Pró- Segurança Desportiva viraram uma constante na Argentina.
Mesmo num jogo internacional, o presidente do CoProSeDe, Mario Gallina, suspendeu a distribuição de ingressos para a torcida do Colo-Colo, que viajaria para a Argentina para assistir o jogo de volta, válido pela Copa Sul-americana, entre Gimnasia La Plata e Colo-Colo.
A decisão se deu em virtude de incidentes no jogo do Chile, em que torcedores do Colo-Colo jogaram pedras dentro de campo.
Um dos 'cappos'(chefes) da torcida do Colo-Colo, Garra Blanca, reclamou da decisão das autoridades argentinas, já que muitos chilenos já tinham até passagem adquirida, declarando:
"Nós acreditamos que por um estúpido que atirou uma pedra não se pode punir todo um povo."
No primeiro jogo pelas quartas-de-final, o Colo-Colo venceu por 4 x 1.
Foto: Colo-Colo blocindario

Violência na Grécia...

Na Grécia, cerca de 300 pessoas se envolveram num tumulto, que começou nas ruas e acabou indo para a arquibancada do estádio. A partida era o clássico entre o Panathinaikos e AEK Atenas. Como o Panathinaikos era o mandante da partida, recebeu a maioria dos ingressos, sendo que apenas 3000 eram para torcedores do AEK Atenas, e alguns insatisfeitos tentaram entrar no estádio mesmo sem ingresso, gerando a confusão.

Em campo o AEK Atenas venceu por 2 x 1.


Foto: Terra Esportes
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