O sujeito da foto é Rafael di Zeo, líder da barra-brava do Boca Juniors. Coloquei esta foto de rosto, quase uma 3 x 4, porque ao se falar em chefe de torcida, muitos imaginam uma pessoa com menos anos de idade. Di Zeo já vê a "geada branqueando o cerro" de sua cabeça.

Em várias postagens aqui do blog foi retratado como funcionam as barras, e vão muito além de uma torcida comum, para o bem ou para o mal. Há casos de violência (corriqueiros), acusações de extorsão, e inclusive certa e relativa gerência sobre as coisas do clube.

Mas acabei achando um vídeo, uma espécie de documentário, feito num dia de "superclássico" na Argentina.
Neste vídeo aparece Di Zeo em dia de jogo, o jogo era no Monumental de Nuñez (estádio do rival River Plate) e mostra desde a "organização" para tomarem os ônibus ( os micros ), entrada no estádio, até a volta para a Boca.

Nada de impressionante, mas a trabalheira que tem Di Zeo para organizar a coisa toda chama a atenção. Ele é acusado de receber muita grana por estar chefiando a barra do clube mais popular da Argentina, e a acusação é recorrente a todos os cappos de torcidas argentinas. Dizem que vivem disto. Não posso opinar sobre o que não conheço, mas o trabalho dele é digno de um gerente de uma empresa. Chama a atenção, no início do vídeo, os métodos utilizados por Di Zeo para fazer cumprir o cronograma (observem como ele "organiza" a entrada nos ônibus...mais para o final do vídeo ele explica que é normal, pois pedindo educadamente ninguém dá atenção). Tudo passa por ele, desde a entrada nos micros, a entrada no estádio, as tratativas com a polícia, a entrada de instrumentos, a próxima música que será cantada e até a distribuição de refrigerante no intervalo.

Também não é novidade a grande influência que têm estes chefes de torcida na Argentina.
Como exemplo disto, nestes dias Rafael Di Zeo está preso, com alguns membros de La 12. E hoje, para terem uma idéia, recebeu a visita de três jogadores do Boca: Palermo, Palacio e Migliore.

A visita causou espécie no presídio, inclusive com carcereiros pedindo autógrafos para as estrelas do Boca.
Di Zeo foi presenteado com roupas e sapatos de uma "marca famosa", segundo o Diário Olé, e abriu-se até uma exceção, pois quinta-feira não é o dia convencionado para a visitação.

Isto mostra a influência do chefe da barra do Boca. Influência que parece não irá acabar tão cedo. E de tudo que possa se falar de Di Zeo, ninguém pode negar a habilidade em lidar com a imprensa, de certa forma carismático.

Outro destaque do vídeo é a narração do segundo gol do River, muito boa.

De qualquer maneira, independente de opiniões, a música, o ambiente, tudo...é muito interessante. O futebol é inexplicável.



Mas assistam ao vídeo, alguns talvez já tenham visto, já que não é novo, mas é muito peculiar.


Foto: www.26noticias.com.ar
Matéria da visita à cadeia: Diário Olé
Vídeo: se alguém souber a autoria (fala, Maxi!), poste nos comentários.

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