Receita simples para a Sulamericana

Sempre gostei da Copa Sul-americana e já escrevi isto aqui no blog, lá em 2006 e 07 (bem antes da discussão Gre-Nal sobre ela, na época em que todos gostavam da competição, ao menos aqui no RS). É uma Copa que nos possibilita ver times que não frequentam tanto as transmissões de TV (na primeira fase), sem abrir mão de vários grandes da América do Sul. Também há todo o clima de “Copa”, que só os ‘’mata-mata’’ proporcionam.

Mas a Conmebol insiste em colocar em prática algumas medidas que só fazem colaborar para o não “desarrollo” da competição.

Então, faço abaixo uma pequena e simples lista de sugestões para a Conmebol, e como acredito que Nicolás Leóz seja um leitor assíduo do PF, talvez sejam colocadas em prática já em 2010.

1) Critérios técnicos: Só garantem vaga para a Sul-americana os clubes que ficarem logo abaixo da última posição que dá vaga para a Libertadores, em cada país. Sem convites ou outros tipos de critérios políticos.

2) Número de vagas: O número de vagas para cada país até pode ser variável, mas não este absurdo que há hoje em dia no Brasil, por exemplo, onde um time tanto luta para não cair, como para pegar a última vaga da Sul-americana. A vaga deve ser privilégio e não prêmio de consolação. Para o Brasil, 3 ou 4 vagas estaria ótimo (do 5º ao 8º colocado do Campeonato Brasileiro, por exemplo).

3) 1ª fase por grupos: uma primeira fase em grupos de 4 times, por sorteio, e já internacional, acabando com estes jogos eliminatórios entre times do mesmo país.

4) Nomenclatura: a partir de agora, jamais mudar o nome da competição, e após escolhido o melhor semestre a ser disputada, manter a decisão.

5) Jogo pós-título: o campeão da Sul-americana disputaria um jogo contra o campeão da Copa da UEFA (competição disputada pelo mesmo critério e moldes).

6) Torcida: proibir a entrada na cancha de torcedores portando facas.

Uma Sul-americana nestes moldes teria a seguinte configuração em 2009:

Flamengo
Internacional
Botafogo
Goiás
Newells Old Boys
Gymnasia La Plata
Estudiantes
Arsenal
Defensor
Racing
Liverpool
Peñarol
Universidad Católica
O’Higgens
Everton
Colo-Colo
Nacional (Par)
Cerro Portenho
Guarani (Par)
Boyacá Chico
Santa Fé
Independiente de Medellín

E seguiria por aí...faltam ainda os times de Bolívia, Equador e Venezuela. E não esquecendo que os clubes, já na primeira fase, seriam sorteados por grupos, 4 equipes em cada grupo.

Quem quiser ler um texto que trata de como iniciou a competição este ano e seus defeitos, tem
um texto de Ubiratan Leal no Trivela. E quem quiser ler um almanaque atualizado de todas as edições, tem um muito bom no Bola na área, inclusive com o ranking histórico da competição.
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Foto: de Daniel Cassol, em
uma excelente postagem no Impedimento.

2 comentários:

Germano Jaeschke Schneider disse...

Concordo com as sugestões, exceto com a número 6.

E ainda acho que a Sula deveria ser disputada na mesma época de sua irmã mais bela.

George disse...

Hahahahaha....a nº 6 é difícil de concordar mesmo.

Sobre a época, é viável. Basta colocar as copas nacionais (não sei se existem copas ao estilo Copa do Brasil em outros países) no segundo semestre. Em termos dos classificados para a Libertadores, não mudaria nada.

Apenas a título de curiosidade: até os anos 90, existia uma competição na Europa chamada Recopa, mas bem diferente da Recopa daqui. Envolvia os campeões de copa de cada país, e segundo a wikipédia (eu consultei para saber os detalhes, mas lembrava que a Recopa européia não era apenas uma final), só perdia em importância para a atual Champions League. Mas como disse ante4s, não sei se na América do Sul, cada país tem sua "Copa do Brasil".

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