Estudiantes Campeão!

Estudiantes há 23 anos longe do título Argentino. Simeone, técnico do Estudientes, deu la vuelta pela primeira vez como técnico. Boca Juniors deu adeus ao tri-campeonato.

Impossível analisar esta derrota do Boca, esquecendo que tudo começou ou terminou(?), contra o Lanús, no domingo. Na partida de hoje, o gol de Palermo, logo cedo (5 minutos), deu a falsa impressão que o Boca viria decidido a vencer ou vencer. Não foi bem assim. O Estudiantes soube absorver o golpe, e logo começou a comandar as ações. O Boca ainda teve outra chance cristalina, com Palermo entrando na cara do goleiro, mas se precipitou e chutou para fora.

No segundo tempo, o Estudiantes foi para cima, e conseguiu uma falta nas redondezas da área. A cobrança foi perfeita, e foi o gol de empate do Estudiantes, com Sosa, aos 20 minutos.

Aos 34 minutos, a virada do Estudiantes, num gol que foi emblemático em relação à partida: falha na defesa do Boca, e Pavone aparece entre a defesa do Boca (totalmente indecisa) e o goleiro, encobre e depois finaliza de cabeça. Apesar da falha, um belo gol. 2 x 1. O Boca estava indeciso Quase sofreu o terceiro gol assim.
Mas os efeitos das últimas rodadas, e principalmente do jogo contra o Lanús, se mostraram presentes. Claro que os jogadores tentaram, mas quem assistia a partida, não via uma energia no Boca, capaz e com real condição de virar o marcador. Não era a cara de um time campeão.
Já o Estudiantes de Verón, mostrava uma firmeza em busca do título. E isso durante a partida era nítido, não apenas uma constatação cômoda pós-título.

Mas o futebol é caprichoso, e mesmo com todas estas subjetividades, a bola do jogo passou pelos pés de Martín Palermo naquele lance perdido no primeiro tempo. Tivesse ele definido o 2 x 0, a história aqui talvez fosse bem diferente.

Mas o Boca confirmou a má seqüência da reta final, e o Estudiantes, ao contrário. Foi um perseguidor implacável. E hoje, deixou a função de perseguidor, para ser o ponteiro da tabela, com todos os méritos.

A conquista passa sem dúvida alguma por Simeone e Verón. O primeiro, que não fosse pela arrumação tática de sua equipe, nunca desistiu. Foi um líder fora de campo, inclusive chamando os torcedores para que não desistissem da luta. O segundo, uma liderança técnica dentro de campo.

E o conturbado Apertura argentino deste ano, teve uma final digna. Apesar de todos os percalços extra-campo do campeonato, a final desta quarta (que foi um jogo-extra, na verdade) trouxe tudo para o terreno puramente futebolístico, e isto foi importantíssimo para a combalida credibilidade do campeonato, que recuperou algo com a partida de hoje.

E a consagração "pincha", é claro.

Foto: Diário Olé

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