Internacional na Final do Mundial de Clubes

Não foi fácil como alguns poderiam imaginar. Mas entre mortos e feridos, o Inter está na final do Mundial de Clubes. Agora espera o vencedor entre Barcelona e América do México, que se enfrentam amanhã. O Inter volta a campo domingo.

O adversário jogou bem melhor do que na sua estréia contra o Auckland, e hoje o estreante era o Inter, com todas as desvantagens que isso significa, além de estar jogando "no lucro" após a vitória contra os australianos, segundo seu próprio treinador.

A partida começou nervosa, principalmente para o lado do Inter. Para quem esperava um início com o Inter pressionando o Al Ahli, viu o Inter com posse de bola, mas sem jogadas mais contundentes. Até que o garoto Pato Alexandre, mostrando que não apenas contra o Palmeiras que seria decisivo para o Inter, numa bola recuada pela defesa egípcia, pega da entrada da área e chuta forte no canto direito do goleiro. Antes do gol, o Inter já havia tido um gol anulado por impedimento. A partir daí, pouco a pouco a equipe colorada foi cedendo terreno ao Al Ahli, que chegou a dar dois sustos, sendo um deles um chute na trave de Clemer.

Na volta para o segundo tempo, a equipe do Inter não mostrou correção de alguns defeitos, e numa jogada originada de uma cobrança de lateral, os egípcios cruzam para a área, e o angolano Flávio cabeceia entre dois zagueiros colorados, desviando a bola por cima de Clemer. Era o empate e o desconforto no marcador.

Discute-se se haveria falha de Clemer no lance. Achei mais falha de posicionamento e de concentração da zaga. A única coisa que Clemer poderia ter feito melhor, era ter retornando mais rápido para o gol, ainda assim com poucas chances de defender.

O Inter parte em busca do empate e aos poucos toma as rédeas da partida. Até que numa cobrança de escanteio, Luis Adriano, que recém havia substituído Pato (com cãibras), desvia de cabeça, antecipando-se no primeiro pau, e coloca a bola caprichosamente na rede lateral do gol egípcio (essa jogada é mortal para qualquer defesa, tanto com bola rolando como em bolas paradas, se bem executada). Festa e vantagem novamente.

Mas aí chegamos na entrada de Vargas: com a entrada do colombiano, o Inter se solta mais em campo, pois começa a vencer num setor que havia perdido desde o início do jogo, o meio-campo. Vargas conseguiu dominar a meia-cancha, e a partir dele, inclusive Rubens Cardoso (que substituiu Hidalgo, contundido), começou a aparecer mais no apoio. Abel deveria repensar este setor, pois Alex não fez uma boa partida e, além disso, Vargas deu consistência que até então não havia no meio-campo colorado. Prescindir disso e da experiência do colombiano na final de domingo, é tirar munição da própria equipe.


Mas a estréia passou. Estréias quase sempre são assim, difíceis, nervosas, apertadas. O Inter agora está na final, e assiste amanhã quem será seu adversário domingo.

Foto: Diário Olé

3 comentários:

Maurício Alejándro Kehrwald disse...

Clemer: cortou a bola errado - chutando no zagueiro, demorou pra voltar pro gol, correu de costas pra bola e ficou nuam posição onde não poderia sair pra tirar a bola nem defender uam bola alta....

ALGO MAIS?!

George disse...

Com o início do lance concordo, no texto foi omisso. Mas na seqüência, tu estás eximindo a zaga, que estava desatenta e deixou o relativamente baixinho Flávio cabecear sozinho e escolher o canto.
Não concordas?

Maurício Alejándro Kehrwald disse...

Concordo. A defesa foi tosquíssima.
Não quis eximir a zaga, mas o Clemer é doutor em cometer este tipo de lance bizarro que invariavelmente acaba em gol do adversário... espero que contra o Barcelona se comporte... tô no intervalo aqui do Barcelona X América Paraolímpico...

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