Guerra Tricolor

Esta semana que antecede o jogo entre Grêmio e São Paulo tem sido muito rica em declarações e frases de efeito de ambas as partes. Muricy abriu os trabalhos, declarando que temia pelo silêncio em seu hotel em Porto Alegre, antevendo foguetórios da torcida do Grêmio. A direção do Grêmio imediatamente rebateu, a direção do São Paulo fez a tréplica e ainda nem veio o bloco das considerações finais.

De saldo até agora, ficou o inevitável clima de animosidade que talvez seja transferido para dentro de campo no domingo. Por isso não entendi direito a declaração do Muricy, pois de certa forma incendiou a disputa. Não que o jogo não fosse ser disputado e aguerrido naturalmente, afinal é a chance que o Grêmio tem para reduzir a grande vantagem do São Paulo. Mas é claro que declarações deste tipo, mesmo que não sejam agressivas ou novidades, sempre municiam polêmicas. Aí é que pode residir a falta de uma análise melhor de parte de Muricy e São Paulo.

O jogo para o São Paulo é decisivo também, mas é muito mais para o Grêmio. Acho que o São Paulo deveria ter feito exatamente o contrário: deixar o jogo em "banho-maria", começando por esta semana, em virtude de seus 8 pontos de vantagem.
Não creio, por isso, que faça parte de uma estratégia do São Paulo a forma como o clube está lidando com esta partida decisiva.

Num campeonato de pontos corridos, as decisões se diluem (1/38) e não deveria ser interesse do São Paulo, elevar o jogo de domingo, por birras extra-campo, ao status de finalíssima.
Pro Grêmio, se souber controlar a medida desse incentivo, é um incentivo a mais. Faz torcida e jogadores esquecerem mais ainda a diferença de 8 pontos pró-São Paulo.
_______________________

Ainda sobre o jogo dos tricolores, repercurtiu bastante a foto de capa do jornal O Lance!(foto). Muitos torcedores(do Grêmio principalmente, claro) não gostaram e trouxe de volta a discussão sobre bairrismo e a narração da primeira final da Libertadores de Pedro Ernesto Denardin.
Mas não pode-se confundir Lance e Rádio Gaúcha, com São Paulo e Internacional (no caso da narração).
Isso porque muitas pessoas defenderam as declarações bairristas de Marco Aurélio Cunha do São Paulo, lembrando a narração de Denardin. A opinião do dirigente são-paulino pode ser a que ele entender, mas não pode ser comparada a declarações provinientes da imprensa. Uma é a palavra do clube, a outra não tem nenhuma relação com a instituição.

Foto: capa desta terça-feira do Jornal O Lance!

0 comentários:

Postar um comentário

top