Sulamericana

Nesta noite, os brasileiros foram eliminados pelas equipes argentinas, casualidade(?) em termos futebolísticos.

O destaque, tirando os acontecimentos dentro de campo, ficou por conta da discussão entre o técnico do Corinthians e o meio-campista Carlos Alberto. Escrevo ainda sem saber das repercurssões, mas para quem assistiu na TV, a substituição que já seria incomum, se tornou ainda mais pitoresca após ao bate-boca (quase sem constrangimento) à beira do gramado.

Mas aproveito o fato, para escrever sobre uma coisa que me chama atenção na Argentina. O Lanús é mais um dos tantos times argentinos oriundo de Buenos Aires ou região metropolitana.
Pois mesmo concorrendo com River e Boca e suas influências, o Lanús tem a sua torcida fiel, passando de geração pra geração.

Escrevo isto lembrando do Brasil. Aqui só há espaço, em termos de arregimentar torcedores, para os que ganham títulos maiores, ou já ganharam.
Nos Estados brasileiros, exatamente ao contrário do que ocorre na Argentina, os times menores se tornam cada vez menores, em virtude da falta de títulos e da influência da televisão e transmissões. Não há como ter mais de 3 times disputando a atenção do torcedor. Os que não ganham, ou em alguma época ganharam, salvo exceções, caem no esquecimento, e quando com sorte, no máximo figuram no folclore futebolístico local.

Claro, haveria de ser realizado um estudo muito mais aprofundado, mas empiricamente passa a sensação de uma diferença gritante: no Brasil o que vale são apenas e somente os títulos, sendo a paixão pelo clube e pelo futebol, uma questão quase secundária.

Temos exemplo único no Rio Grande do Sul em Pelotas: nas ruas é muito mais fácil encontrar um xavante, um lobo ou farrapo , do que um "gre-nal". Claro que há torcedores de todas as equipes por lá, mas a valorização dos times locais, tornam Pelotas uma cidade pitoresca em termos nacionais.

Não sei qual "fórmula de torcer" é a melhor (para os clubes, principalmente), mas impossível não admirar uma torcida que mantém novas gerações no estádio, a despeito da inexistência - total ou recentes- de grandes títulos e mesmo convivendo dentro da mesma cidade ou região com "grandes" que costumeiramente figuram como campeões.

Começaria minha explicação talvez de maneira ingênua: respeito às origens. Daqui, é o que parece.

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