Mídia e Silêncio

Alguns dias atrás entrei em contato com o "perfil" de um atuante da Popular do Inter(no Orkut), um dos porta-vozes da Popular do Internacional. A intenção do blog era entrevistar membros atuantes da Popular do Internacional e da Geral do Grêmio.

Na verdade, pelas respostas que obtive do pessoal da Popular (duas pessoas), nem levei adiante a idéia de entrevistar alguém da Geral do Grêmio.Entendi o lado deles, não gostam da mídia, apesar de salientar que este pequeno e recém criado blog nada tem de "mídia". No máximo "mídia" alternativa, e olhe lá.

Mas assim como posso escrever(apesar de nem todo mundo gostar, óbvio), respeito o direito de todos de não responder. Se não há resposta, independentemente dos motivos, só resta respeitar e não levar adiante a tentativa.

Sobre este blog, ainda não o divulguei ostensivamente, por pensar que ainda não tenho motivos pra isto. Apenas lancei um tópico no Orkut sobre seleção gaúcha, e pedi a opinião dos participantes de certa comunidade, mas fora isto, não utilizei de nenhuma maneira de divulgação, por preferir que entre aqui apenas os que gostam de ler sobre futebol e sua cultura, sem 'links' apelativos ou 'spams'. Também nesse sentido, é óbvio que gostaria de 100.000 visitas por dia, mas sinceramente, prefiro um número reduzido(e bota reduzido nisto), mas que entrem em contato e realmente leiam todo o tópico exposto.

Retorno ao assunto porque li na comunidade do Orkut da Popular do Inter, um tópico criado por um participante assíduo, sobre uma tentativa de entrevista da revista Placar, com o mesmo participante que entrei em contato para fazer uma entrevista para este blog.
Para a Placar, ele também negou a entrevista, o que após a negativa de entrevista para este pequeno blog, foi uma atitude elogiável. Não concederam entrevista pra este blog, mas também não concederam pra 'gigante' Placar. É uma posição estabelecida, ao que parece. Nada há o que dizer em contrário.

Entratanto, é passível de análise. A entrevista que sugeri, era através de e-mail. Em virtude da impossibilidade geográfica de me encontrar com o pessoal da Popular in loco, e também porque o e-mail de alguma maneira firma um documento. Não haveria como deturpar a entrevista, ou "editar".Como expliquei para um dos componentes da Popular, a entrevista por e-mail, garante a cópia das perguntas (com e-mail do entrevistador, data, horário e perguntas), como contra-prova do que foi respondido.Grupos que agem na contravenção (que fique claro: não é o caso da Popular ou da Geral), muitas vezes só admitem entrevistas por e-mail. Pelo menos eu, não via maiores problemas em eles responderem.

Imagino que a entrevista seria interessante, porque poderíamos entender melhor a ideologia dos agrupados na torcida, além de peculiridades.
Mas fala quem quer e pra quem quer, isto é salutar e deve ser respeitado.
No caso deste blog, a única intenção era a curiosidade minha, em ouvir o pessoal das torcidas (movimentos) e publicar aqui, para que outros curiosos sobre o tema lessem também.
Eles poderiam inclusive, deixar de responder o que considerassem negativo (apesar de não haver perguntas 'negativas' no rol de indagações, subjetivo, eu sei).
Mas as perguntas não foram conhecidas, nem pelos movimentos, nem por ninguém além da minha cabeça.Apenas a situação de "perguntar", de certa forma foi ofensiva.

Me interesso sobre a cultura do futebol, e sei das suas subjetividades.Entretanto subjetividades não deveriam ser empecilho para a manutenção de colóquios, apesar da redundância, corriqueiros.

Uma torcida, ou movimento, com idéias extra-futebol e comportamentais, geram curiosidades, não só da mídia, mas de qualquer pessoa que goste de futebol.
Claro que há que se levar em conta o lado da torcida. Entre seus membros, é "legal" não responder (vide o tópico citado). O apoio entre eles em relação a esta atitude é óbvio e cliché.No pensamento médio, quem dá depoimento "quer aparecer".

Nem sempre é assim, e não deveria ser. Tão importantante quanto a torcida em si e suas manifestações no estádio, são também os recados que a torcida teria a dar. Mas alguns ainda preferem o silêncio "misterioso", do que uma opinião aberta, seja em blogs como este, seja em grandes revistas.

De saldo, resta a conformidade de que pelo menos o comportamento é uniforme, seja pra este blog minúsculo, seja pra alguma revista de circulação nacional.

E esclarecendo: só queria conversar, e não insisto em ter esta entrevista.

1 comentários:

luís felipe disse...

se o dono do blog tem interesse em saber como funcionam as coisas na popular, pode frequentar a arquibancada. Garanto que conseguiria uma boa reportagem, de jornalismo alternativo, passando por cima do embargo proposto à grande mídia. Só que tem que tirar a bunda da cadeira, senão não adianta.

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